Doutor faça-me um favor,
não me chame menina...
É que passo a vida
comendo paradoxos e dá-me azia.
Doutor faça-me um favor
não diga minha senhora...
É que essa é cheia de graça
e eu vendo a vazia na praça
Doutor faça-me um favor,
não chame as autoridades...
É que eu sou medicada
E loucura é sua coutada.
Bem, eu passo a explicar:
Neste domínio hiper_sin ético
Você soa-me tão herm(es)ético
Que não me diz nada de pó ético
Com esse linguajar ortopé_édico
Do ambiente bioma_édico
Parece-me mais um épico
Para resolver o seu Édipo
Que eu gosto de mim hipo_man_íaca
Dói-me menos a crista ilíaca
Não sei se há prova empty_írica
Mas é uma vida menos Ilíada
Porquê rejeitar um neur_ótico?
O problema é o seu nervo ó[p]tico
Porque na pouso logia do narc(iso)ótico
Olhe, não topo nada pan óptico
Que no meu rádio estere(ó)nico
Eu só ouço disco mnem_ónico
e passo tarde a gint_ónico,
Ó doutor, está cata tónico?!