Se a flecha da vida em nada te satisfaz
Se o moinho da Boémia água cereal traz
Se a inércia da física a nada te conduz
Se a ânsia paragem o dilema te seduz
Se no lume molhado a chama descende
Se no vértigo desmoído o fio se desprende
Se da carroça desgovernada o boi não se retarda
Se no baixo insonor a palheta não se agarra
Se o credo do trabalho ao aro não acorre
Se no caderno diário o roto nada foge
Se o andar condicionado na rua não fica
Se a tua vida em nada pratica
É porque o nada com nada se desfaz
Espera!
Eventualmente morrerás.