sábado

nha korpu sta fitchadu

Vieram caçar-me como uma onça
vieram caçar-me como uma bruxa
vieram caçar-me como uma mulher

o meu sangue escorreu na mata
o meu cabelo ardeu na fogueira
o meu hímen rompeu-se na camisa

penduraram-me na árvore pelos pés
para dar o exemplo às presas
padeci como Prima Notte

e encarnei-as todas soltando-me
e levantei-me coberta de lama
e recolhi as setas envenenadas

lavei o corpo com água de sálvia
cosi a pele com crina de cavalo
das minhas ancas nasceram diamantes

não há máscaras brancas de penas
não há salamandras de cal e lama
não há peixes-gato de seis patas
não há alma que me venha insinuar
...
porque este corpo já está fechado!