sexta-feira

Para De ter

Retidão vá de reto
que no meu recto quero ão
Curvas de culpas nas brumas
deturpas as vulvas
Banha na bainha arranha
o banho de aranha
Regaço melado com melaço
regas-me o compasso
Ardente a água no alvor
prudente o ar no ardor
Isauras exauridas nos ismos
dos crivos são gemidos
Vida vibrante viperina
a cobra nem é víbora
Destróis os detritos moídos
nas decalagens só móis
Contraste de contar as hastes
tu contrarias as metástases
Construir o constragimento momento
de conspurcar o cuspo do vento
Tu que teimas em testar
o eu, a noz, o testículo, o trepar
Encerras-me a cera da serra
na mesma encerada terra
Liberdade libertina libélula
da verdade lambida de bétula
Clausura a usura de Clausewitz
na penumbra o Klaus de St. Moritz
Cola na gola o Cáucaso
decora o coltre do Pégaso
Mancha no canal da Manchúria
que mente na onda da fúria
Unida no uno da vida
vulto untado na brida
Ar na arpa do arqueiro
do quero a arte do arteiro
Perder a perca do pardo
do Sado permeia o prado
Encher doente o cheiro
do ente lembro o primeiro
Vazio nas vazas do trio
o frio varado num pio
Transladar os lados do trânsito
no transatlântico âmbito
Multa no tampo da mula
muita se purga na culpa
Acamada a cama da aba
que a camada de campa acaba
Revolução volve no revólver
na resoluta volta do móvel
Menstrual o mês monstro
da Troika menchevique degosto
Negro no freio aperto
do nervo feio o preto
Fantasma fora flâ com asma
fantástico Omã do plasma
Jogar o ganho frugal
o fruto apanho no bornal
Companhia no compasso da CIA
a compra de aço mentia
Farta me falte a fartura
na fronha me farpa a frescura.