sexta-feira

Minha Cabala

Prosa de café
Conversas triangulares-adas
Qual a origem da condição humana?
Qual a relação entre religião, ciência, filosofia, senso comum?
Todas as cosmovisões, todas as formas de conhecimento
Logo de política como governo da vida
E da sua compreensão da realidade para torná-la
Tolerável, comensurável
Depois de política como exercício de poder sobre os recursos
E de forma auto-justificativa a explicação.
De política ainda como delimitação e manutenção de espécie
O bem e o mal, o nós e o outro
As três aplicações do poder de espécie humana sobre o mundo
E o seu padrão
Por altura de Zoroastra e Mani passou a vingar
Nas dicotomias, na linearidade e no monoteísmo
As velhas artes pagãs, públicas, colectivas
Onde os bichos, os homens, os deuses e os espíritos
Habitavam no mesmo espaço-tempo
Foram ocultas e incorporadas na dominação
dos grandes blocos monolíticos do saber e poder
mas coincidindo nos números, nas datas, nas palavras
a humanidade de padronizar tudo,
buscar novos padrões,
analisando-os pelo padrão…
A espécie que vingou no terreno da dominação,
Com as suas artes, ofícios e saberes
E lá fizemos o silogismo e a retórica de encontrar
Pungentes oximoros da informática binária
0 de se evitar acabar a certo ponto
1 de se evitar voltar ao mesmo ponto
A linearidade do vector cujo sentido apenas aponta
Ao futuro progresso mas não só a dois hemisférios
Se fez a história já que
na triangulação há
2 de se evitar desconhecer a razão do ponto
A tese, a antítese, a síntese
dos sistematizadores Hegelianos
caminha de 0 para 1, o paradoxo,
De 1 para 2 e de 2 para 0
Estabelecem o Homem
O ponto, a linha, a superfície do espaço
Desenhando e inscrevendo no símbolo
Do triângulo invertido (o X passado a Y)
Quem caminha de 2 para 1, de 1 a 0 e de 0 a 2
As mulheres fazendo a rotação
da energia no sentido oposto
mas inscrevendo igualmente
o mesmo símbolo mas não invertido
(o X consistente)
Os dois desdobrados do mesmo pensamento,
Estabelecendo esse padrão adquirem as
Três dimensões de espaço
formando a quarta da ampulheta
de dimensão de tempo
e nessas várias ampulhetas
por sua vez desdobradas se
fazem as cadeias das cordas fundamentais
por cada triângulo até aos quatro
somando as 12 casas
mas cuja completude em trino só se adquire
mediante o seguinte no quadrado
3 por 4 e 4 por 3
fazem as cordas fundamentais
do menor e do maior,
a rede do mundo explicável ao humano:
espaço terreno, tempo sensitivo, ´
matéria substantiva, caos etéreo.
Este é o nosso arquitecto:
o padrão sistémico que explica
a condição humana e todas a relações
entre saberes e deles com o poder
e dos humanos no mundo com o universo,
e por isso apenas até às 12 cordas
das casas.
A cada três dimensões multiplicado
por si mesmas, temos os nove números.
A cada par de quadrados, sendo o primeiro
quarto sempre o próximo do seguinte
temos os oito elementos.
Vamos até às doze cordas capazes de reconhecer
oito substâncias inferiores mais quatro das
potenciais superiores, faltam as restantes
quatro: o último quadrado cabala.
E olhando de cima é um círculo
12 casas em grauº por três,
8 elementos de cada trino de ângulo a 45º
4 partes de quadrado em grauºpelos números,
todos iguais a 360º
olhando de dentro é o ponto nulo
do número, da runa, do grau º em si mesmo.