sábado

Da dexteridade

A besta animal ela mesma bem enquadrada
Reconhece o seu código mas detesta-lhe o uso
Corre move corre sorve chora dó grita sai destrói
Escreve em grifo a fim de devorar o santo mais expedito
Urra as palavras montras do sujo debaixo da plateia dos ogros
Sabe a terracota, furaca-se no susto da espiral de horrores todos
Não dou, não pastas, não caminhas em vale de sombras para alcançares
Mal aproveitados no seu sentido Cão, estésico, hipocrático, sufistado
O meu feno é úmeno, o meu gene é húmido, o meu onte é meu
Não ónus não provo não desejo não experimento não concedo
Ele mesmo bem perdido como pérfido qual rio industrial
Porque eu macumbei a ousada estupidez altérica
Histérica dos aparelhos estereofónicos roídos
Sou destra, mas não reconheço a idade

Que o meu cora só a mim a me pertence, não reconheço legitimidade ao oponente, eu sou o Gine e o pilar em seio das minhas próprias aquisições onde as manipulo e as distorço e as tomo, como se coma a vírgula viva de dentro para fora como nas porcas catapultadas no mármore ardo eu deixa-me estar não creias ter levado a mão mais alta, não creias que teres testado a minha ira seja a fuga em frente que o poder da minha ostensiva reparação sobre as hordas de cavaleiros vagos da bolachas e do rosa e do azul, relembrando as velhas vozes do pessimismo da carne pintadas por aquele nomeado como o filósofo donde saiam as larvas e donde caiam os dentes e onde as bestas devoram as estimas e os animais acorrentados pelo contrato que hei-de eu reconhecer há coisas bem mais terríveis que estar só, no sono dos inquietos que buscam a sua negação não te fies em mim para oscular a redenção onde a piedade e o amor devoto foram vociferados aberrantes dum bezerro ciclope.