Cada árvore tem a sua seiva,
Mas a tua é a mais
saborosa.
Disse o pai, tinha eu 13 anos,
a rosa…
Ele que era Papa,
o sacripanta de deus
católico
Velho, jarreta, pedia um beijo
alcoólico
Em baixo da sua bata
vermelha. E entre saias,
cinco saias,
metia a cabeça
E pedia, mais uma!
E percorria com língua sarnenta,
A minha sagrada bruma.
Apesar do forte nojo,
pensava no irmão
meu
Ser puro destilado, o gozo que me deu.
E o velho decrépito gemia,
E eu à realidade voltava,
Lentamente eu morria
E tantas vezes chegava,
A pensar…
que até gostava.
Embora ideias fazia,
Que de mais onze irmãos
As carnes o velho percorreria,
Com tais sujas mãos.
E então ele lambia, freneticamente,
Como quem sabia
e gritava
Vem a mim Lucrécia!
E eu só pensava
Pior dos sodomitas
da Grécia.