8 quilos é o peso da excrescência
que vai fora ao beco com um balde
leva-me num carrinho de mão e deita-me fora também...
tudo o que está a mais do que definido como menos é inútil
e tudo o que seja um instrumento de trabalho do teu ser é útil
para que cresça grande e forte e robusto
sê uma ovelha branca e pastosa e leva-te
com o teu cão de guarda que te oriente bem
até que te enterre os dentes no lombo
bem espero que o faça
sou primário e essencialista - eu sou o lobo
admito a vingança e a cobrança, a cólera e o cio
abate-se em mim o infortúnio de ser forçado a admitir
tudo o que as outras peças de lã não admitem
abate-se-me dizer-se que as abato quando
elas só pastam e quando os pastores só lhes levam a lã
se calhar sou ovelha negra ronhosa na família dos gados
quando se abate e não se admite, dedico duas cuspidelas
e que as ovelhas não sejam abatidas mas que nunca mais tenham lã
depois de perdida a função, para que servem a quem só sabe servido?
e o servo desse servir saberá quanto me custa a mim a lã?
saberá alguma do pasto não seguir o cão de guarda?
saberá alguma não se render à tosquia nem à erva?
saberá alguma que não sabe nada com essa vida de gado?
quinta-feira
sexta-feira
metáfora do espelho
um ovo chocado por um cão disfarçado de podólogo
brincava com o gato que gostava mais
fazia-lhe tranças nos cabelos que não tinha
por arrancados mas como se fossem colar
ofereceu-o à fada dos dentes perdidos
que trabalhava para os chineses
os pendentes pareciam olhos arrancados
do algodão branco, era ele lavado de neve
fugiu para as amoras doces
o corpo e a boca bordavam
rasgados os gessos às cores
para não tocar no collant rasgado
no século XVIII os abanicos
pareciam pompoms revirados
como numa aula à saída ir jogar à apanhada
um ballet fazia meninas doces
vez uma
era
uma vez
um vez um, um
um vez dois, dois
brincava com o gato que gostava mais
fazia-lhe tranças nos cabelos que não tinha
por arrancados mas como se fossem colar
ofereceu-o à fada dos dentes perdidos
que trabalhava para os chineses
os pendentes pareciam olhos arrancados
do algodão branco, era ele lavado de neve
fugiu para as amoras doces
o corpo e a boca bordavam
rasgados os gessos às cores
para não tocar no collant rasgado
no século XVIII os abanicos
pareciam pompoms revirados
como numa aula à saída ir jogar à apanhada
um ballet fazia meninas doces
vez uma
era
uma vez
um vez um, um
um vez dois, dois
contrário ao leme
maiores mamas as tem
quem sempre ganha
que amor, graça tem,
as mulheres todas de...
e desamor de crueldade de amor
meu
metades duas
ódio
e amor são
se sei
não e leva-me onde sei
não indolente voo este
ausência tua na que diz-me
só amor meu
ódio e amor do lado outro
p
desfaz-se descarnado metade
há amor um quando
é amor meu
amor de metade outra
ajunto
corra ele que queres
não se jorre sangue nosso
o que queres não se alado demónio
amarras as
solta-me
montanha
na
sozinho paga, submundo, ao amor do raio
o dar atreveu-se que prometeu
este
afrodite te explodi
depois exalei
depois acendi-te
depois respirei
primeiro
acontecer isso foi como
e... metano nu fósforo
de
e oxigénio nu chama
de se consumiu molhado
costa dá largo ao passo
que este amor o é
ser, não poder, não por, é apenas
e é que o tudo que pocilga na
encharque-me que até divagando aí
por vou eu que correr-me
deixa e normal de e paranormal
de sobnatural de
e sobrenatural de relativo
e absoluto de coisa
qualquer menos
sê perdão ou me condeno
imposto desapareciemnto ou te condeno
espião
um ser me condeno vida minha
na inexistência há
te condeno amado
menos ou mais
forte
menos baixo
mais ser a comanda-me
presença tua
amas
tresanda pocilga a ausência
tua na que terra
da coroa impuseste-me
sol de raio que sei não
que é me liberta
mas sente
cora
chora
implora
nasce
morre
te fuga
foge
voa
te muda
sai
ti
detenho como quadratura
em lua e sol
do tenho raiva tanta
e tempo mesmo ao amor
meu
o com criar
e destruir de poema
no como ácidos
em te desfigurar
de ponto ao tanto
odeio
e amo-te
não sabe quem revoltas
as
inodor o desprezo-o
feidade a abstinência
a infelicidade a contracção -a
excursões as incursões
as voltas as
carinho o cheiro
o sexo o corpo -o
descontração -a
estilo-o
beleza
a ti
de tudo odeio
e ti em tudo adoro
deslambido aquele
é amor meu
amor de metade outra
minha
mas proibido
aquele é amor meu
amor de metade outra.
quem sempre ganha
que amor, graça tem,
as mulheres todas de...
e desamor de crueldade de amor
meu
metades duas
ódio
e amor são
se sei
não e leva-me onde sei
não indolente voo este
ausência tua na que diz-me
só amor meu
ódio e amor do lado outro
p
desfaz-se descarnado metade
há amor um quando
é amor meu
amor de metade outra
ajunto
corra ele que queres
não se jorre sangue nosso
o que queres não se alado demónio
amarras as
solta-me
montanha
na
sozinho paga, submundo, ao amor do raio
o dar atreveu-se que prometeu
este
afrodite te explodi
depois exalei
depois acendi-te
depois respirei
primeiro
acontecer isso foi como
e... metano nu fósforo
de
e oxigénio nu chama
de se consumiu molhado
costa dá largo ao passo
que este amor o é
ser, não poder, não por, é apenas
e é que o tudo que pocilga na
encharque-me que até divagando aí
por vou eu que correr-me
deixa e normal de e paranormal
de sobnatural de
e sobrenatural de relativo
e absoluto de coisa
qualquer menos
sê perdão ou me condeno
imposto desapareciemnto ou te condeno
espião
um ser me condeno vida minha
na inexistência há
te condeno amado
menos ou mais
forte
menos baixo
mais ser a comanda-me
presença tua
amas
tresanda pocilga a ausência
tua na que terra
da coroa impuseste-me
sol de raio que sei não
que é me liberta
mas sente
cora
chora
implora
nasce
morre
te fuga
foge
voa
te muda
sai
ti
detenho como quadratura
em lua e sol
do tenho raiva tanta
e tempo mesmo ao amor
meu
o com criar
e destruir de poema
no como ácidos
em te desfigurar
de ponto ao tanto
odeio
e amo-te
não sabe quem revoltas
as
inodor o desprezo-o
feidade a abstinência
a infelicidade a contracção -a
excursões as incursões
as voltas as
carinho o cheiro
o sexo o corpo -o
descontração -a
estilo-o
beleza
a ti
de tudo odeio
e ti em tudo adoro
deslambido aquele
é amor meu
amor de metade outra
minha
mas proibido
aquele é amor meu
amor de metade outra.
quinta-feira
Semillas sucumbidas a la luna
Bajo la luna fría
Por la noche
Vagueo buscando
Las semillas del algodón
Más blanco y puro
Para que me traiga
Alguien que no conozco
Bajo la luna calda
Por la noche
Me voy buscando
Las semillas del corazón
Puede que alguien las haya
Cogido e tomado
Para que se muera
En mi condición
Bajo la luna oscura
Por la noche
Estoy buscando
Las semillas en un rincón
Puede alguien estar allí
Esperando-me lloroso
Para que le bese los ojos
Y se coja mi perdón
Es que he sembrado
La oscuridad por la noche
Y ya no sé lo que busco
Ni nadie lo sabrá
Y me marcho por la calle
Temblando porque mis lagrimas
No más riegan las semillas
Aunque no paran de jorrar
Por la noche
Vagueo buscando
Las semillas del algodón
Más blanco y puro
Para que me traiga
Alguien que no conozco
Bajo la luna calda
Por la noche
Me voy buscando
Las semillas del corazón
Puede que alguien las haya
Cogido e tomado
Para que se muera
En mi condición
Bajo la luna oscura
Por la noche
Estoy buscando
Las semillas en un rincón
Puede alguien estar allí
Esperando-me lloroso
Para que le bese los ojos
Y se coja mi perdón
Es que he sembrado
La oscuridad por la noche
Y ya no sé lo que busco
Ni nadie lo sabrá
Y me marcho por la calle
Temblando porque mis lagrimas
No más riegan las semillas
Aunque no paran de jorrar
sopro de vida
quando o sopro da vida me tocou na face
e me deu a essência do lado fêmea
da árvore da vida
esqueceu-se de me dar a calma
quando o sopro da vida me tocou no tronco
e me deu a essência da tormenta
sobre o lago
esqueceu-se de me dar a sensatez
quando o sopro da vida me tocou na mão
e me deu a essência do fogo
sobre o metal
esqueceu-se de me dar a frieza
quando o sopro da vida me tocou no pé
e me deu a essência da marcha
dos fortes sobre o mundo
esqueceu-se de me dar a humildade
quando o sopro da vida me tocou nos lábios
e me deu a essência da soberania
sobre a carne e o éter
esqueceu-se de me dar a sobriedade
quando o sopro da vida me tocou na orelha
e me deu a essência das doze
cordas sobre a manta
esqueceu-se de me dar a ingenuidade
e quando o sopro da vida me insuflou a alma
com a essência do amor
universal e a bola de ouro
esqueceu-se de me dar a chave
é que o sopro da vida se deixou
levar e não me deu os artíficos
que as minhas sete essências podem alcançar
é quando o sopro voltar e me levar a vida
não me toma as essências
que ofereceu mas nem os artíficios
porque eles já não estarão lá
e me deu a essência do lado fêmea
da árvore da vida
esqueceu-se de me dar a calma
quando o sopro da vida me tocou no tronco
e me deu a essência da tormenta
sobre o lago
esqueceu-se de me dar a sensatez
quando o sopro da vida me tocou na mão
e me deu a essência do fogo
sobre o metal
esqueceu-se de me dar a frieza
quando o sopro da vida me tocou no pé
e me deu a essência da marcha
dos fortes sobre o mundo
esqueceu-se de me dar a humildade
quando o sopro da vida me tocou nos lábios
e me deu a essência da soberania
sobre a carne e o éter
esqueceu-se de me dar a sobriedade
quando o sopro da vida me tocou na orelha
e me deu a essência das doze
cordas sobre a manta
esqueceu-se de me dar a ingenuidade
e quando o sopro da vida me insuflou a alma
com a essência do amor
universal e a bola de ouro
esqueceu-se de me dar a chave
é que o sopro da vida se deixou
levar e não me deu os artíficos
que as minhas sete essências podem alcançar
é quando o sopro voltar e me levar a vida
não me toma as essências
que ofereceu mas nem os artíficios
porque eles já não estarão lá
terça-feira
Reify Me
When the wine is red
And the rhythm
Is blue
I loose my mind
And start digging you
Don’t know why
I have this groove
So please
Don’t beg my pardon
If you say no, no, no
Perform my show
Perform this show
And show me what you got
Don’t think you’re ready
For this fellow
Don’t theorize this time
It’s my, my, my business
It’s mine
Operate this thing
Wild thinking
Methodic girl
Metallic girl
Mechanic girl
I’m writing down
A lyric for you
Well, not yet, no
Scotch, scotch, scotch,
Oh, make me fool
Microphone,
Mike O’Phrone
Make a fun, fun, fun,
Call
A gun
A call
A fun
A taste
A booty
Call
Me, papi
Purple hurdle
Pink sweet
Purposely
In a think sink
Spectacle
Spectactor
Spectacularious
Hilarious
Aries haze
So funk, funk, funk
And the rhythm
Is blue
I loose my mind
And start digging you
Don’t know why
I have this groove
So please
Don’t beg my pardon
If you say no, no, no
Perform my show
Perform this show
And show me what you got
Don’t think you’re ready
For this fellow
Don’t theorize this time
It’s my, my, my business
It’s mine
Operate this thing
Wild thinking
Methodic girl
Metallic girl
Mechanic girl
I’m writing down
A lyric for you
Well, not yet, no
Scotch, scotch, scotch,
Oh, make me fool
Microphone,
Mike O’Phrone
Make a fun, fun, fun,
Call
A gun
A call
A fun
A taste
A booty
Call
Me, papi
Purple hurdle
Pink sweet
Purposely
In a think sink
Spectacle
Spectactor
Spectacularious
Hilarious
Aries haze
So funk, funk, funk
um arguto momento pelo -
pelo:
argumento da experiência
argumento da proporcionalidade
argumento do paradoxo in extremis
argumento da contradição de termos
argumento do exercício de poder
argumento do exercício do prazer
menos:
argumento da idade
argumento do paternalismo
argumento do princípio integral
argumento da crítica radical
argumento da política fraca
argumento da validade escrupular
1 argu tomo mento pêlo -
argumento da experiência
argumento da proporcionalidade
argumento do paradoxo in extremis
argumento da contradição de termos
argumento do exercício de poder
argumento do exercício do prazer
menos:
argumento da idade
argumento do paternalismo
argumento do princípio integral
argumento da crítica radical
argumento da política fraca
argumento da validade escrupular
1 argu tomo mento pêlo -
RED OR DARE
Oh red
Polish
October love
Nail
Poisoned
At red
Light
And red
House
Filth of
Sinners
Melts under
The bridge
Blood
Rivers
Run to the
seaing
I
In the tower
simply
Redding
the garments in
Shape of
S
nails
in heat womb@s
Bleed
Pledge of rain
wash
Crucified stars
away
from planet
Collared
in straw
Barry penalty
read
or There
Polish
October love
Nail
Poisoned
At red
Light
And red
House
Filth of
Sinners
Melts under
The bridge
Blood
Rivers
Run to the
seaing
I
In the tower
simply
Redding
the garments in
Shape of
S
nails
in heat womb@s
Bleed
Pledge of rain
wash
Crucified stars
away
from planet
Collared
in straw
Barry penalty
read
or There
sons
se o meu orgasmo soasse
seria como os agudos de
clarinete da língua na boquilha se
a minha gravidez soasse
seria como os agudos de
violino da barriga de Bach se
a minha entranha soasse
seria como os graves de
saxofone em coltrano desgarrado se
o meu cérebro soasse
seria como os graves de
contrabaixo em imitação de navio mas se
a minha essência tocasse
nada mais pegava que um charango,
uma guitarra eléctrica, um agogô,
uma cuíca, um tímpano, um fagote,
um oboé, um cravo, um teremim
tocando em experimentação a dissonância cativa-se
seria como os agudos de
clarinete da língua na boquilha se
a minha gravidez soasse
seria como os agudos de
violino da barriga de Bach se
a minha entranha soasse
seria como os graves de
saxofone em coltrano desgarrado se
o meu cérebro soasse
seria como os graves de
contrabaixo em imitação de navio mas se
a minha essência tocasse
nada mais pegava que um charango,
uma guitarra eléctrica, um agogô,
uma cuíca, um tímpano, um fagote,
um oboé, um cravo, um teremim
tocando em experimentação a dissonância cativa-se
sexta-feira
Minha Cabala
Prosa de café
Conversas triangulares-adas
Qual a origem da condição humana?
Qual a relação entre religião, ciência, filosofia, senso comum?
Todas as cosmovisões, todas as formas de conhecimento
Logo de política como governo da vida
E da sua compreensão da realidade para torná-la
Tolerável, comensurável
Depois de política como exercício de poder sobre os recursos
E de forma auto-justificativa a explicação.
De política ainda como delimitação e manutenção de espécie
O bem e o mal, o nós e o outro
As três aplicações do poder de espécie humana sobre o mundo
E o seu padrão
Por altura de Zoroastra e Mani passou a vingar
Nas dicotomias, na linearidade e no monoteísmo
As velhas artes pagãs, públicas, colectivas
Onde os bichos, os homens, os deuses e os espíritos
Habitavam no mesmo espaço-tempo
Foram ocultas e incorporadas na dominação
dos grandes blocos monolíticos do saber e poder
mas coincidindo nos números, nas datas, nas palavras
a humanidade de padronizar tudo,
buscar novos padrões,
analisando-os pelo padrão…
A espécie que vingou no terreno da dominação,
Com as suas artes, ofícios e saberes
E lá fizemos o silogismo e a retórica de encontrar
Pungentes oximoros da informática binária
0 de se evitar acabar a certo ponto
1 de se evitar voltar ao mesmo ponto
A linearidade do vector cujo sentido apenas aponta
Ao futuro progresso mas não só a dois hemisférios
Se fez a história já que
na triangulação há
2 de se evitar desconhecer a razão do ponto
A tese, a antítese, a síntese
dos sistematizadores Hegelianos
caminha de 0 para 1, o paradoxo,
De 1 para 2 e de 2 para 0
Estabelecem o Homem
O ponto, a linha, a superfície do espaço
Desenhando e inscrevendo no símbolo
Do triângulo invertido (o X passado a Y)
Quem caminha de 2 para 1, de 1 a 0 e de 0 a 2
As mulheres fazendo a rotação
da energia no sentido oposto
mas inscrevendo igualmente
o mesmo símbolo mas não invertido
(o X consistente)
Os dois desdobrados do mesmo pensamento,
Estabelecendo esse padrão adquirem as
Três dimensões de espaço
formando a quarta da ampulheta
de dimensão de tempo
e nessas várias ampulhetas
por sua vez desdobradas se
fazem as cadeias das cordas fundamentais
por cada triângulo até aos quatro
somando as 12 casas
mas cuja completude em trino só se adquire
mediante o seguinte no quadrado
3 por 4 e 4 por 3
fazem as cordas fundamentais
do menor e do maior,
a rede do mundo explicável ao humano:
espaço terreno, tempo sensitivo, ´
matéria substantiva, caos etéreo.
Este é o nosso arquitecto:
o padrão sistémico que explica
a condição humana e todas a relações
entre saberes e deles com o poder
e dos humanos no mundo com o universo,
e por isso apenas até às 12 cordas
das casas.
A cada três dimensões multiplicado
por si mesmas, temos os nove números.
A cada par de quadrados, sendo o primeiro
quarto sempre o próximo do seguinte
temos os oito elementos.
Vamos até às doze cordas capazes de reconhecer
oito substâncias inferiores mais quatro das
potenciais superiores, faltam as restantes
quatro: o último quadrado cabala.
E olhando de cima é um círculo
12 casas em grauº por três,
8 elementos de cada trino de ângulo a 45º
4 partes de quadrado em grauºpelos números,
todos iguais a 360º
olhando de dentro é o ponto nulo
do número, da runa, do grau º em si mesmo.
Conversas triangulares-adas
Qual a origem da condição humana?
Qual a relação entre religião, ciência, filosofia, senso comum?
Todas as cosmovisões, todas as formas de conhecimento
Logo de política como governo da vida
E da sua compreensão da realidade para torná-la
Tolerável, comensurável
Depois de política como exercício de poder sobre os recursos
E de forma auto-justificativa a explicação.
De política ainda como delimitação e manutenção de espécie
O bem e o mal, o nós e o outro
As três aplicações do poder de espécie humana sobre o mundo
E o seu padrão
Por altura de Zoroastra e Mani passou a vingar
Nas dicotomias, na linearidade e no monoteísmo
As velhas artes pagãs, públicas, colectivas
Onde os bichos, os homens, os deuses e os espíritos
Habitavam no mesmo espaço-tempo
Foram ocultas e incorporadas na dominação
dos grandes blocos monolíticos do saber e poder
mas coincidindo nos números, nas datas, nas palavras
a humanidade de padronizar tudo,
buscar novos padrões,
analisando-os pelo padrão…
A espécie que vingou no terreno da dominação,
Com as suas artes, ofícios e saberes
E lá fizemos o silogismo e a retórica de encontrar
Pungentes oximoros da informática binária
0 de se evitar acabar a certo ponto
1 de se evitar voltar ao mesmo ponto
A linearidade do vector cujo sentido apenas aponta
Ao futuro progresso mas não só a dois hemisférios
Se fez a história já que
na triangulação há
2 de se evitar desconhecer a razão do ponto
A tese, a antítese, a síntese
dos sistematizadores Hegelianos
caminha de 0 para 1, o paradoxo,
De 1 para 2 e de 2 para 0
Estabelecem o Homem
O ponto, a linha, a superfície do espaço
Desenhando e inscrevendo no símbolo
Do triângulo invertido (o X passado a Y)
Quem caminha de 2 para 1, de 1 a 0 e de 0 a 2
As mulheres fazendo a rotação
da energia no sentido oposto
mas inscrevendo igualmente
o mesmo símbolo mas não invertido
(o X consistente)
Os dois desdobrados do mesmo pensamento,
Estabelecendo esse padrão adquirem as
Três dimensões de espaço
formando a quarta da ampulheta
de dimensão de tempo
e nessas várias ampulhetas
por sua vez desdobradas se
fazem as cadeias das cordas fundamentais
por cada triângulo até aos quatro
somando as 12 casas
mas cuja completude em trino só se adquire
mediante o seguinte no quadrado
3 por 4 e 4 por 3
fazem as cordas fundamentais
do menor e do maior,
a rede do mundo explicável ao humano:
espaço terreno, tempo sensitivo, ´
matéria substantiva, caos etéreo.
Este é o nosso arquitecto:
o padrão sistémico que explica
a condição humana e todas a relações
entre saberes e deles com o poder
e dos humanos no mundo com o universo,
e por isso apenas até às 12 cordas
das casas.
A cada três dimensões multiplicado
por si mesmas, temos os nove números.
A cada par de quadrados, sendo o primeiro
quarto sempre o próximo do seguinte
temos os oito elementos.
Vamos até às doze cordas capazes de reconhecer
oito substâncias inferiores mais quatro das
potenciais superiores, faltam as restantes
quatro: o último quadrado cabala.
E olhando de cima é um círculo
12 casas em grauº por três,
8 elementos de cada trino de ângulo a 45º
4 partes de quadrado em grauºpelos números,
todos iguais a 360º
olhando de dentro é o ponto nulo
do número, da runa, do grau º em si mesmo.
quinta-feira
Vómito, Diarreia, Suor
A Troika da excrecência humana:
Vómito, Diarreia, Suor.
A febre pode ser poética,
O ranho dramático,
e o pus uma forma verbal...
Mas nada supera a combinação que dá direito a uma triologia.
E pensar que em mim me vejo
...cai no poisoning
Pensei que os hedonitas anarquistas eram imunes
ou charmingly auto-imunes
mas talvez
- como em todos os padrões se alcança sempre o paradoxo maior -
sejam os mais vulneráveis
Não por risco, mas determinante, da saúde e falta dela.
Passemos ao narrador.
Tudo começa quando menos se espera como uma invisível gota que cai em potência num copo cheio algo já estaria fragilizado e temos o azar de comer algo catalogado como fresco e até biológico mas que não foi bem curado ou conservado ou cozinhado ora a gente come isto e durante um tempo satisfaz-se e apraz o gosto até dá aquela sensação de enfartamento cardíaco mas depois de umas quantas viagens e a vida e o cansaço de mais do mesmo junto à turbulência é inevitável o primeiro enjoo procuramos ir até ao cubículo sanitário tentar atribuir causas aos efeitos expelir algo à força mas nada e então quando mais se espera novamente já prevenidos pela sensação pegamos no saco recipiente ou qualquer auxiliar salivando a espera é tortuosa e quase já sentimos os suores a taquicardia não da boa mas da tensão quebrada e vai dai já aterramos e já passou o momento e é depois da turbulência que vem o vómito primário aquele de 300 ml que ainda assim já supera o limite internacional é possível que como no meu caso este vómito seja sinalizador de que houve um forte ataque ao sistema embora o anarco-hedonista não tenha e vai dai vomitei já à frente das mãe e do professor provavelmente uma das poucas regras existentes para uma vida minimamente conforme passando a preposição depois ingressados na viagem de volta sobre rodas com menos delongas e chegamos ao destino de um hotel simpático acolhedor dá-se um corrida infernal ao primeiro sanitário disponível para o vómito exorcista aquele que desentope tudo e os sistema sujando tudo em volta procurando livra-se do patogénico infiltrado passados um cigarros e alguma auto-comiseração percebemos que se deu ali alguma alívio indo para o quarto em busca de descanso no descaso da progressão esperando acordar no dia seguinte e eis que se dá o vómito major onde já não há sólidos nem líquidos toleráveis e pensamos “bem algum alívio se deu aqui” mas como controleiros que somos pensamos “é melhor trazer o balde para junto da cama” e trazemos e logo nesta medida de precaução somos surpreendidos pela diarreia ultra-líquida gasosa e putrefacta bom a mérda do agente bacteriano platónico passou a barreira e já nos atravessou à segunda via e voltamos para a cama mas eis que chegámos ao deserto da desidratação bebemos bebemos bebemos bebemos para ver se acalma a coisa litros muitos imensos demasiados só já não é suficiente porque uma vez bem intoxicados vem o vómito do nada para encher o balde aproximado aquele que sai qualquer coisa que entre ar nada água nada o que for altura em que começamos a sentir calor suores frios taquicardias a febre instala-se o delírio é complexo não conseguimos dormir no quarto porque já não passamos da latrina quando fechamos os olhos de tão cansados por breves instantes sonhamos com frutas deliciosas: laranjas, melão, limão, alperces, goiabas, uvas, morangos, framboesas, romãs e a nossa mente devora-os a todos individual e colectivamente acordamos e continuamos com sede e com febre vómito e diarreia e vamo-nos deixando ficar e suamos e sujamos e cheiramos mal começamos a abdicar da individualidade auto suficiente em alguma momento recorrendo aos outros para justificar a ausência a uma ocasião importante recorrendo ao outro para que cuide de nós recorrendo ao outro para admitir que precisamos de ajuda para superar o estado e algum alquimista sensato diz que o processo de exorcização não deve ser interrompido apenas repor o sal mineral etc e tal tomamos um destes de sabor e aroma odiosos de soro eventualmente até nos acalmando ventre igualmente eventualmente temos um belo serviço de quartos que nos traz à caminha o sumo de laranja e as frutas com que sonhámos apetecidas colas para superar a desistência do líquido em nós e repousamos até tare mas até quando acordamos sentimo-nos algo sujos suados o vómito passou mas cheira e há vestígios do crime em mais que um lugar é patético sim tomamos um banho de banheira e tiramos da cara o morto vivo para jantar fora aguenta-se um sopa uns sumos de amora framboesa e uma espécie de aveia do planeta vegan que nem deveria ser chamada de comida queríamos o creme bruille tostado no malte mas achamos que é demais pedindo um miserável sorvete trocado por sabor de canela bastante bastardo razoável mas do qual só vai metade face à sobremesa do outro alguns entretanto deliciados com um pavé de chocolate negro e ruibarbos acabando por nos resignarmos à nossa condição de momento onde o ilustre mete conversa e o menos ilustre da pronúncia peculiar nos explica como foi atacado nas duas vias pelas ostras e rimos rimamos aliás o jantar ainda se aguenta chove torrencialmente porra não mérda disse o ilustre pois que de mérda estava a falar embora controlando tudo e não se controla nada e meteorologia não é especialidade aceitamos dar umas corridas à chuva dando passas num cigarro desfeito acompanha o mestre correr ou andar é o mesmo quando se chega igualmente encharcado [apresento a teoria dos -10º frio bastante frio muito frio ou imenso frio são igualmente abaixo disso sempre o mesmo frio de mérda] voltamos para o quartinho mais quentinho com um adaptadorzinho e bate um soninho e bate o amor líquido da diarreia e lá vamos cem mil vezes ao cubículo mal-cheiroso com o cu em sangue ferido sabendo que é civilizado limpar e lavar aí que nos pomos a pensar o quanto aquele dejecto é amarelo aquoso putrefacto e purulento olhando para ele com a ayenção de quem já está olhando o infinito da sanita reparando que só temos memso é de puxar autoclismo das outras vezes não temos é forças para apertar o botão ou puxar a manivela ou o cordão acabando por co-habitar na mérda mas há um ponto em que já apertamos o rabo controlando a cagada e já nos dói menos o cu e até percebemos que aguentámos o jantar o pequeno-almoço o almoço e outro jantar mais apetecível do tailandês mas era exigir demais ficamos que ele no estômago ainda perto do esófago vamos vendo podemos sentir-nos até bulimic-chic ou escato-limpos bonito é ir à retrete que fica na toillette e escrever uma metáfora de mérda sobre intoxicação alimentar estilo ‘underwater love’ enquanto nos borramos borrifamos rimos rimamos e que esta cena de ‘poisoning’ vai lubrificar varrer a corrupção do sistema proporcionar o novo eu o antigo e assim se faz biopolítica
P.S. só o pensamento de um certo alimento acondicionado ao calor e luz mal confeccionado me dá azia sabendo-me perspicaz pude identificar que era aquela forma mole de ‘pastelaria-pastiche-de-nouvelle-cuisine-muito-cheap’ que me havia dado a volta à entranha estranha manha
Vómito, Diarreia, Suor.
A febre pode ser poética,
O ranho dramático,
e o pus uma forma verbal...
Mas nada supera a combinação que dá direito a uma triologia.
E pensar que em mim me vejo
...cai no poisoning
Pensei que os hedonitas anarquistas eram imunes
ou charmingly auto-imunes
mas talvez
- como em todos os padrões se alcança sempre o paradoxo maior -
sejam os mais vulneráveis
Não por risco, mas determinante, da saúde e falta dela.
Passemos ao narrador.
Tudo começa quando menos se espera como uma invisível gota que cai em potência num copo cheio algo já estaria fragilizado e temos o azar de comer algo catalogado como fresco e até biológico mas que não foi bem curado ou conservado ou cozinhado ora a gente come isto e durante um tempo satisfaz-se e apraz o gosto até dá aquela sensação de enfartamento cardíaco mas depois de umas quantas viagens e a vida e o cansaço de mais do mesmo junto à turbulência é inevitável o primeiro enjoo procuramos ir até ao cubículo sanitário tentar atribuir causas aos efeitos expelir algo à força mas nada e então quando mais se espera novamente já prevenidos pela sensação pegamos no saco recipiente ou qualquer auxiliar salivando a espera é tortuosa e quase já sentimos os suores a taquicardia não da boa mas da tensão quebrada e vai dai já aterramos e já passou o momento e é depois da turbulência que vem o vómito primário aquele de 300 ml que ainda assim já supera o limite internacional é possível que como no meu caso este vómito seja sinalizador de que houve um forte ataque ao sistema embora o anarco-hedonista não tenha e vai dai vomitei já à frente das mãe e do professor provavelmente uma das poucas regras existentes para uma vida minimamente conforme passando a preposição depois ingressados na viagem de volta sobre rodas com menos delongas e chegamos ao destino de um hotel simpático acolhedor dá-se um corrida infernal ao primeiro sanitário disponível para o vómito exorcista aquele que desentope tudo e os sistema sujando tudo em volta procurando livra-se do patogénico infiltrado passados um cigarros e alguma auto-comiseração percebemos que se deu ali alguma alívio indo para o quarto em busca de descanso no descaso da progressão esperando acordar no dia seguinte e eis que se dá o vómito major onde já não há sólidos nem líquidos toleráveis e pensamos “bem algum alívio se deu aqui” mas como controleiros que somos pensamos “é melhor trazer o balde para junto da cama” e trazemos e logo nesta medida de precaução somos surpreendidos pela diarreia ultra-líquida gasosa e putrefacta bom a mérda do agente bacteriano platónico passou a barreira e já nos atravessou à segunda via e voltamos para a cama mas eis que chegámos ao deserto da desidratação bebemos bebemos bebemos bebemos para ver se acalma a coisa litros muitos imensos demasiados só já não é suficiente porque uma vez bem intoxicados vem o vómito do nada para encher o balde aproximado aquele que sai qualquer coisa que entre ar nada água nada o que for altura em que começamos a sentir calor suores frios taquicardias a febre instala-se o delírio é complexo não conseguimos dormir no quarto porque já não passamos da latrina quando fechamos os olhos de tão cansados por breves instantes sonhamos com frutas deliciosas: laranjas, melão, limão, alperces, goiabas, uvas, morangos, framboesas, romãs e a nossa mente devora-os a todos individual e colectivamente acordamos e continuamos com sede e com febre vómito e diarreia e vamo-nos deixando ficar e suamos e sujamos e cheiramos mal começamos a abdicar da individualidade auto suficiente em alguma momento recorrendo aos outros para justificar a ausência a uma ocasião importante recorrendo ao outro para que cuide de nós recorrendo ao outro para admitir que precisamos de ajuda para superar o estado e algum alquimista sensato diz que o processo de exorcização não deve ser interrompido apenas repor o sal mineral etc e tal tomamos um destes de sabor e aroma odiosos de soro eventualmente até nos acalmando ventre igualmente eventualmente temos um belo serviço de quartos que nos traz à caminha o sumo de laranja e as frutas com que sonhámos apetecidas colas para superar a desistência do líquido em nós e repousamos até tare mas até quando acordamos sentimo-nos algo sujos suados o vómito passou mas cheira e há vestígios do crime em mais que um lugar é patético sim tomamos um banho de banheira e tiramos da cara o morto vivo para jantar fora aguenta-se um sopa uns sumos de amora framboesa e uma espécie de aveia do planeta vegan que nem deveria ser chamada de comida queríamos o creme bruille tostado no malte mas achamos que é demais pedindo um miserável sorvete trocado por sabor de canela bastante bastardo razoável mas do qual só vai metade face à sobremesa do outro alguns entretanto deliciados com um pavé de chocolate negro e ruibarbos acabando por nos resignarmos à nossa condição de momento onde o ilustre mete conversa e o menos ilustre da pronúncia peculiar nos explica como foi atacado nas duas vias pelas ostras e rimos rimamos aliás o jantar ainda se aguenta chove torrencialmente porra não mérda disse o ilustre pois que de mérda estava a falar embora controlando tudo e não se controla nada e meteorologia não é especialidade aceitamos dar umas corridas à chuva dando passas num cigarro desfeito acompanha o mestre correr ou andar é o mesmo quando se chega igualmente encharcado [apresento a teoria dos -10º frio bastante frio muito frio ou imenso frio são igualmente abaixo disso sempre o mesmo frio de mérda] voltamos para o quartinho mais quentinho com um adaptadorzinho e bate um soninho e bate o amor líquido da diarreia e lá vamos cem mil vezes ao cubículo mal-cheiroso com o cu em sangue ferido sabendo que é civilizado limpar e lavar aí que nos pomos a pensar o quanto aquele dejecto é amarelo aquoso putrefacto e purulento olhando para ele com a ayenção de quem já está olhando o infinito da sanita reparando que só temos memso é de puxar autoclismo das outras vezes não temos é forças para apertar o botão ou puxar a manivela ou o cordão acabando por co-habitar na mérda mas há um ponto em que já apertamos o rabo controlando a cagada e já nos dói menos o cu e até percebemos que aguentámos o jantar o pequeno-almoço o almoço e outro jantar mais apetecível do tailandês mas era exigir demais ficamos que ele no estômago ainda perto do esófago vamos vendo podemos sentir-nos até bulimic-chic ou escato-limpos bonito é ir à retrete que fica na toillette e escrever uma metáfora de mérda sobre intoxicação alimentar estilo ‘underwater love’ enquanto nos borramos borrifamos rimos rimamos e que esta cena de ‘poisoning’ vai lubrificar varrer a corrupção do sistema proporcionar o novo eu o antigo e assim se faz biopolítica
P.S. só o pensamento de um certo alimento acondicionado ao calor e luz mal confeccionado me dá azia sabendo-me perspicaz pude identificar que era aquela forma mole de ‘pastelaria-pastiche-de-nouvelle-cuisine-muito-cheap’ que me havia dado a volta à entranha estranha manha
Manifesto Anarco-Hedonista
Marxista freudiano contra o platonismo
em vez do Belo, o Bem e a Verdade
o Bom, o Mau e o Vilão
"o desejo que é reprimido é demasiado fraco para ser reprimido"
Pelo corrompido, maculado
pelos anarquistas hedonistas
contra a sinceridade,
como que querer fumar o cigarro
só por não tê-lo!
Queremos combater a hipocrisia
de valores e depois combater os valores;
contra a autoridade que regula o prazer,
o prazer não tem mestre;
demasiado prazer não é deboche
mas felicidade;
"para quê fazer sexo com outras pessoas se podes fazê-lo com quem mais amas?"
e se pensares que isto é uma contradição
ou és estúpido, platónico ou neo-hedonista.
Mais vale um pequeno prazer, que prazer nenhum...
RESSALVA ÉTICA (EMBORA-A-ÉTICA-FODA-SEMPRE-TUDO):
o prazer implica o prazer do próximo porque o
total prazer não pode residir no total desprazer do outro.
Esta é uma das essências do prazer.
CHEGADOS AO PARADOXO: PRAZER x PODER
Remetemos esta questão ao metafísico platónico
que de bom grado se debruce sobre o Absoluto
de cada uma das Ideias.
A escrita do manifesto encerra em si mesmo o prazer,
então deixamos-lhes o debate sobre o prazer terrorista,
o prazer caritativo e o prazer de negar prazer.
sexo pelo fim do trabalho, um direito do caralho
(para os educados judaico-cristãos:
"dá prazer ao outro como darias a ti mesmo")
em vez do Belo, o Bem e a Verdade
o Bom, o Mau e o Vilão
"o desejo que é reprimido é demasiado fraco para ser reprimido"
Pelo corrompido, maculado
pelos anarquistas hedonistas
contra a sinceridade,
como que querer fumar o cigarro
só por não tê-lo!
Queremos combater a hipocrisia
de valores e depois combater os valores;
contra a autoridade que regula o prazer,
o prazer não tem mestre;
demasiado prazer não é deboche
mas felicidade;
"para quê fazer sexo com outras pessoas se podes fazê-lo com quem mais amas?"
e se pensares que isto é uma contradição
ou és estúpido, platónico ou neo-hedonista.
Mais vale um pequeno prazer, que prazer nenhum...
RESSALVA ÉTICA (EMBORA-A-ÉTICA-FODA-SEMPRE-TUDO):
o prazer implica o prazer do próximo porque o
total prazer não pode residir no total desprazer do outro.
Esta é uma das essências do prazer.
CHEGADOS AO PARADOXO: PRAZER x PODER
Remetemos esta questão ao metafísico platónico
que de bom grado se debruce sobre o Absoluto
de cada uma das Ideias.
A escrita do manifesto encerra em si mesmo o prazer,
então deixamos-lhes o debate sobre o prazer terrorista,
o prazer caritativo e o prazer de negar prazer.
sexo pelo fim do trabalho, um direito do caralho
(para os educados judaico-cristãos:
"dá prazer ao outro como darias a ti mesmo")
terça-feira
2012: Papado de Vulcano X
Hoje sonhei o inimaginável
Morava no Brasil dividido em duas facções política:
O pai e o filho rebelado.
Eu fui raptada pelo Caçador da Noite,
Um australiano louco que me levou para
Um esconderijo subterrâneo
Cada força lutou com o seu séquito.
Apareceu então a Gorda rainha dos Pulgões
Uma vez de boca aberta, os pulgões fluíam rapidamente
Entranhando-se em nós e atribuindo algumas qualidades
Super-humanas mas malignas… As forças só se mantinham
Pelo consumo da juventude, o destino final era a morte.
Atracada entre a Gorda e o Caçador, arquitectei o plano de fuga
Para que ambos se aniquilassem: colocando-me entre os dois,
Esperando pela sinalização vermelha da mira de um na testa da outra,
E dela lançando o seu efeito cortante em cima dele,
jogaria uma cadeira ao chão e caindo nele, morte dupla.
Resultou.
Da garganta degolada dela
(porque o efeito cortante lançado, deveria retornar a ela mas tendo o caçador disparado no meio dos olhos, antes de morto, não encontrou vida e lancetou-lhe o pescoço)
Saíram os pulgões, enfurecidos, descoordenados, sem morada
E temendo esta força e sem saber bem o que fazer lembrei-me do ditado
Da anciã cega “a velha magia da mulher reside nos seus cabelos”
E comi-lhe alguns cabelos caídos.
Depressa me apercebi que estava certa a sentença:
Comendo apenas os cabelos, as células mortas, tínhamos por momentos
a dádiva da força dos pulgões sem o destino final.
Lembrei-me então da razão deste rapto:
A disputa entre facções, o meu pai e o meu avô.
Voltei para a mansão, onde a vizinha me tocava piano enquanto
Eu fazia acrobacias na piscina.
Os poderes davam para triplos mortais e bíceps torcidos incríveis.
Fui delatada.
Rapidamente se alastrou a notícia dos cabelos,
todos os infectados produziam bons cabelos,
rede de exploração de qualidades...
mas a longo prazo, como tudo o que é processamento canibal,
implicava uma espécie de BSE da loucura e luxúria.
Eu mesma carregava uma bolsa de cabelos para consumir quando me cansava...
Mas tudo se tornou numa grande praga
Lembro-me de comer um estranho no sanitário,
de ter a minha irmã a lamber-me os genitais,
de intercalar sexo com vários amigos,
de beijar na boca os meus tios em troca de cigarros...
de me tornar lésbica.
De fazer contraceptivos especiais para elas e collants de griffe
para as penetrações deles.
o collant preservativo de malha ultra-densa
a sociedade ali era estranha, incomodativa e opressiva
a minha escolha sexual era perseguida
e eu mesma já não sabia o que queria
ou se era induzida pela era dos cabelos processados.
e todos acabaram à cata de réstias, de quedas, de cortes
para alimento... e o que era aquilo?
uma espinhosa decadência.
nem política se fazia mais
recordo-me depois de muito pouco.
apenas duma era aquática e de pântanos
num deles via a Lencastre afogar um recém-nascido de cal
mas assim que o tirou, a risada era insuportável
não conseguia matá-lo
lembro-me de surfar nos golfinhos
de pairar nos céus e aterrar
de levarem a velha cega, dos segredos
da Velha Arte numa charrette
se para o fuzilamento se para trabalhar nas minas não sei..
profecia: 2012, Papado de Vulcano X
Morava no Brasil dividido em duas facções política:
O pai e o filho rebelado.
Eu fui raptada pelo Caçador da Noite,
Um australiano louco que me levou para
Um esconderijo subterrâneo
Cada força lutou com o seu séquito.
Apareceu então a Gorda rainha dos Pulgões
Uma vez de boca aberta, os pulgões fluíam rapidamente
Entranhando-se em nós e atribuindo algumas qualidades
Super-humanas mas malignas… As forças só se mantinham
Pelo consumo da juventude, o destino final era a morte.
Atracada entre a Gorda e o Caçador, arquitectei o plano de fuga
Para que ambos se aniquilassem: colocando-me entre os dois,
Esperando pela sinalização vermelha da mira de um na testa da outra,
E dela lançando o seu efeito cortante em cima dele,
jogaria uma cadeira ao chão e caindo nele, morte dupla.
Resultou.
Da garganta degolada dela
(porque o efeito cortante lançado, deveria retornar a ela mas tendo o caçador disparado no meio dos olhos, antes de morto, não encontrou vida e lancetou-lhe o pescoço)
Saíram os pulgões, enfurecidos, descoordenados, sem morada
E temendo esta força e sem saber bem o que fazer lembrei-me do ditado
Da anciã cega “a velha magia da mulher reside nos seus cabelos”
E comi-lhe alguns cabelos caídos.
Depressa me apercebi que estava certa a sentença:
Comendo apenas os cabelos, as células mortas, tínhamos por momentos
a dádiva da força dos pulgões sem o destino final.
Lembrei-me então da razão deste rapto:
A disputa entre facções, o meu pai e o meu avô.
Voltei para a mansão, onde a vizinha me tocava piano enquanto
Eu fazia acrobacias na piscina.
Os poderes davam para triplos mortais e bíceps torcidos incríveis.
Fui delatada.
Rapidamente se alastrou a notícia dos cabelos,
todos os infectados produziam bons cabelos,
rede de exploração de qualidades...
mas a longo prazo, como tudo o que é processamento canibal,
implicava uma espécie de BSE da loucura e luxúria.
Eu mesma carregava uma bolsa de cabelos para consumir quando me cansava...
Mas tudo se tornou numa grande praga
Lembro-me de comer um estranho no sanitário,
de ter a minha irmã a lamber-me os genitais,
de intercalar sexo com vários amigos,
de beijar na boca os meus tios em troca de cigarros...
de me tornar lésbica.
De fazer contraceptivos especiais para elas e collants de griffe
para as penetrações deles.
o collant preservativo de malha ultra-densa
a sociedade ali era estranha, incomodativa e opressiva
a minha escolha sexual era perseguida
e eu mesma já não sabia o que queria
ou se era induzida pela era dos cabelos processados.
e todos acabaram à cata de réstias, de quedas, de cortes
para alimento... e o que era aquilo?
uma espinhosa decadência.
nem política se fazia mais
recordo-me depois de muito pouco.
apenas duma era aquática e de pântanos
num deles via a Lencastre afogar um recém-nascido de cal
mas assim que o tirou, a risada era insuportável
não conseguia matá-lo
lembro-me de surfar nos golfinhos
de pairar nos céus e aterrar
de levarem a velha cega, dos segredos
da Velha Arte numa charrette
se para o fuzilamento se para trabalhar nas minas não sei..
profecia: 2012, Papado de Vulcano X
jogo de plataformas
2050.
O mundo era feito de plataformas, a primeira sobre a água.
Nós, os freaks, descemos até à terra. Mas rebentou uma barragem.
O onda gigante vinha em cima de nós.
Tinha deixado todas as minhas coisas na minha caixa pessoal.
Nadei debatendo-me contra a força da água, agarrada à plataforma de aço.
Eram quase 16 andares...
Sustive a respiração o mais que pude e cheguei ao 1º nível.
Passava imensa gente, o metro, a confusão.
Dirigi-me ao primeiro guichet e pedi que recuperassem o que tinha perdido.
Ela perguntou que número era e dei o meu número de identificação pessoal.
Passado este nível tomei o primeiro metro para o centro da cidade.
Era uma cidade nova mas reconstruída para parecer medieval. Ao andar pelas vendas de rua achámos uma meia rua, que era um beco sem saída, com uma estranha meia porta também.
Depois de entrar, íamos dar à mansão de Luís XVIII.
Esta personagem vestida a rigor com sua peruca e golas brancas, com um mordomo vestido a bom rigor, mantinha na sua sala num cadeirão gigante um ogre de três metros. O monstro estava agrilhoado pelo pescoço, alimentado pelo rei a pássaros. Deu-lhe um albatroz vivo.
Vi o pobre bicho debater-se já no seu esófago, vendo a sua cabeça quase sair-lhe do tórax.
O mordomo levou-nos aos aposentos. Tínhamos mais uma prova a superar. Os quartos trancaram-se por 15 minutos e havia uma armadilha sensível à pressão que teríamos de evitar. Eu vasculhei o quarto todo… Lembro-me que os sobreviventes se reuniram num dos quartos. Uns fingiram dormir, outros, como eu, escondemo-nos por baixo da cama para tentar atacar o rei quando ele entrasse.
Lembro-me dos grilhões e mais nada.
Passámos ao terceiro nível, onde as mulheres e as sábias moravam acima do nível das árvores superiores. A sociedade era feita dumas fibras invisíveis.
Era Natal entretanto.
A minha missão seguinte era fazer um trabalho infiltrado a propósito do rapto de várias estudantes superiores para uma rede de usos sadomasoquistas do submundo onde era sempre noite. Passei a ser loira e amputada da mão direita, fui dar aulas numa dessas escolas. Lembro-me que tive de sair a noite vestida de veludo púrpura com os espetos humanos de metal raspando no chão.
Eles teriam de achar que tinha uma vida dupla para que alguém se aproximasse de mim.
O mundo era feito de plataformas, a primeira sobre a água.
Nós, os freaks, descemos até à terra. Mas rebentou uma barragem.
O onda gigante vinha em cima de nós.
Tinha deixado todas as minhas coisas na minha caixa pessoal.
Nadei debatendo-me contra a força da água, agarrada à plataforma de aço.
Eram quase 16 andares...
Sustive a respiração o mais que pude e cheguei ao 1º nível.
Passava imensa gente, o metro, a confusão.
Dirigi-me ao primeiro guichet e pedi que recuperassem o que tinha perdido.
Ela perguntou que número era e dei o meu número de identificação pessoal.
Passado este nível tomei o primeiro metro para o centro da cidade.
Era uma cidade nova mas reconstruída para parecer medieval. Ao andar pelas vendas de rua achámos uma meia rua, que era um beco sem saída, com uma estranha meia porta também.
Depois de entrar, íamos dar à mansão de Luís XVIII.
Esta personagem vestida a rigor com sua peruca e golas brancas, com um mordomo vestido a bom rigor, mantinha na sua sala num cadeirão gigante um ogre de três metros. O monstro estava agrilhoado pelo pescoço, alimentado pelo rei a pássaros. Deu-lhe um albatroz vivo.
Vi o pobre bicho debater-se já no seu esófago, vendo a sua cabeça quase sair-lhe do tórax.
O mordomo levou-nos aos aposentos. Tínhamos mais uma prova a superar. Os quartos trancaram-se por 15 minutos e havia uma armadilha sensível à pressão que teríamos de evitar. Eu vasculhei o quarto todo… Lembro-me que os sobreviventes se reuniram num dos quartos. Uns fingiram dormir, outros, como eu, escondemo-nos por baixo da cama para tentar atacar o rei quando ele entrasse.
Lembro-me dos grilhões e mais nada.
Passámos ao terceiro nível, onde as mulheres e as sábias moravam acima do nível das árvores superiores. A sociedade era feita dumas fibras invisíveis.
Era Natal entretanto.
A minha missão seguinte era fazer um trabalho infiltrado a propósito do rapto de várias estudantes superiores para uma rede de usos sadomasoquistas do submundo onde era sempre noite. Passei a ser loira e amputada da mão direita, fui dar aulas numa dessas escolas. Lembro-me que tive de sair a noite vestida de veludo púrpura com os espetos humanos de metal raspando no chão.
Eles teriam de achar que tinha uma vida dupla para que alguém se aproximasse de mim.
sexta-feira
music fucks my head
I am lost in my Confessions Tour
I am Madonna but I haven’t the power
In me lives an alien and I can’t stand these walls of imagination
My creations start to consume me and I am exposed
My powers are vanquishing
A single mind or society isn’t enough to bear what
my existence is now able to produce
I can’t get no satisfaction,
nor can I stop till I get enough
But yes! I am so tired and damned
Spar me this burden, please
Be careful with what your children listen to.
You wouldn’t want a Maria Magdalena
lost without knowing how to love.
I am Madonna but I haven’t the power
In me lives an alien and I can’t stand these walls of imagination
My creations start to consume me and I am exposed
My powers are vanquishing
A single mind or society isn’t enough to bear what
my existence is now able to produce
I can’t get no satisfaction,
nor can I stop till I get enough
But yes! I am so tired and damned
Spar me this burden, please
Be careful with what your children listen to.
You wouldn’t want a Maria Magdalena
lost without knowing how to love.
come around
and if that love doesn't come around?
a short story where that love doesn't come around...
that early morning when I don't sleep with a love that came around...
an evening when I don't hold a love... and it didn't came around.
what goes around comes around but it ain't no come around...
and if i go around maybe a love comes down.
a short story where that love doesn't come around...
that early morning when I don't sleep with a love that came around...
an evening when I don't hold a love... and it didn't came around.
what goes around comes around but it ain't no come around...
and if i go around maybe a love comes down.
um fim não justifica o meio
o poder de rasgar exercido rasgando a íntima
a violência rasgada exercida rasgando o coração
o Outro incógnito coagido rasgado como vítima
a rede que rasga a existida, na rede da coerção
o rasgador que rasga o não-rasgado ou rasgado seria de outro fado
mas se rasgou em contra-mão, não me rasgues na mão!
a pessoa-mercadoria; o sexo-porcaria; o eu-desoníria
a violência rasgada exercida rasgando o coração
o Outro incógnito coagido rasgado como vítima
a rede que rasga a existida, na rede da coerção
o rasgador que rasga o não-rasgado ou rasgado seria de outro fado
mas se rasgou em contra-mão, não me rasgues na mão!
a pessoa-mercadoria; o sexo-porcaria; o eu-desoníria
amora, framboesa
canto o conto do campo
tanto no corner do tampo
portanto, quanto tem um canto?
aroma de amora demora
na Roma romã me mora
memória no amor em aro
roda na morada o armário
fraternidade na eternidade
de fraga sufraga na etérea
unidade da framboesa
coesa destreza umidade
tanto no corner do tampo
portanto, quanto tem um canto?
aroma de amora demora
na Roma romã me mora
memória no amor em aro
roda na morada o armário
fraternidade na eternidade
de fraga sufraga na etérea
unidade da framboesa
coesa destreza umidade
hedonism
Hedonic … for the pleasure of it
Hedonic … for the pleasure of coming in and eat
Hedonic … for the pleasure of insanit_y-t
Hedonism … for my own ism of his(m) but (her)self _ism
The lost of my religion goes to myself
And the making of my confession goes to my real (is) _m
Where I lay hibernated, came and starred at the own (her) sheep
Of an old-liberal-right of being selfish in the crazy(Lock)ness
Hedonic … for the pleasure of coming in and eat
Hedonic … for the pleasure of insanit_y-t
Hedonism … for my own ism of his(m) but (her)self _ism
The lost of my religion goes to myself
And the making of my confession goes to my real (is) _m
Where I lay hibernated, came and starred at the own (her) sheep
Of an old-liberal-right of being selfish in the crazy(Lock)ness
frag_menta
E saiu-me da água um recém-nascido
e levei-o para casa, quis cuidá-lo
para que fosse meu!
E em fragmentos de segundos
recordo alguém me querer roubá-la...
E o coração apertou-se: era minha filha.
E quiseram experimentá-la
porque ela crescia excepcionalmente forte
e depressa e logo tinha sete anos
e me contava a sua história.
Eu perdi-me na história.
Minha mãe e eu fomos levadas,
queriam experiências com todas nós.
Tornei-me louca e expus uma terrível insanidade
ao mundo.
Não devia tê-lo feito, não havia espaço para um ser assim.
O meu alter ego, amigo imaginário, ainda não visto,
um mulato branco chamado Luís passou a existir.
E como existiu se tornou no nosso grande torturador.
E queria implatar-me a sua semente mas por amor
à maternidade vinda e ida peguei nas suas poções,
drogas e seringas e usei-as nele como um cocktail motolov.
Não me lembro do que sucedeu...
e levei-o para casa, quis cuidá-lo
para que fosse meu!
E em fragmentos de segundos
recordo alguém me querer roubá-la...
E o coração apertou-se: era minha filha.
E quiseram experimentá-la
porque ela crescia excepcionalmente forte
e depressa e logo tinha sete anos
e me contava a sua história.
Eu perdi-me na história.
Minha mãe e eu fomos levadas,
queriam experiências com todas nós.
Tornei-me louca e expus uma terrível insanidade
ao mundo.
Não devia tê-lo feito, não havia espaço para um ser assim.
O meu alter ego, amigo imaginário, ainda não visto,
um mulato branco chamado Luís passou a existir.
E como existiu se tornou no nosso grande torturador.
E queria implatar-me a sua semente mas por amor
à maternidade vinda e ida peguei nas suas poções,
drogas e seringas e usei-as nele como um cocktail motolov.
Não me lembro do que sucedeu...
quarta-feira
anti-palavra
e elE voltou, o anti-palavra.
enviou-me desta vez a Periplaneta Scorpiones.
A insidiosa infiltrava-se em nós.
Penetrou-me a pele em todo o corpo
mas recordo-me do ombro e da ponta da língua.
Todo o grupo abandonado na ilha,
tinha um exemplar na ponta da língua também.
Um dia caçámos um deles e pisámo-lo.
Soltou-se a carapaça e uma pele negra
começou a insuflar-se, numa bolha que
diminuía e aumentava até rebentar.
Da explosão saiu uma assustadora criatura
meio homem, meio duende,
meio barata meio escorpião e disse:
"cortem a língua para que ela saia
e coloquem-na no centro de novo para que vos pique!"
Todos acataram a sugestão mas eu
que raramente ou nunca me corto nas palavras
decidi serrar levemente a língua e extrair a bicha
com uma pinça. Não me doeu. Ao retirá-la veio a veia
e o freio juntos, fiquei sem fala. Não podia avisar
ninguém das minhas e das suaS intenções.
O fim.
A ilha foi colocada em quarentena.
Notícias do Controlo de Epidemias
circulavam na TV mas algo estava errado ali.
enviou-me desta vez a Periplaneta Scorpiones.
A insidiosa infiltrava-se em nós.
Penetrou-me a pele em todo o corpo
mas recordo-me do ombro e da ponta da língua.
Todo o grupo abandonado na ilha,
tinha um exemplar na ponta da língua também.
Um dia caçámos um deles e pisámo-lo.
Soltou-se a carapaça e uma pele negra
começou a insuflar-se, numa bolha que
diminuía e aumentava até rebentar.
Da explosão saiu uma assustadora criatura
meio homem, meio duende,
meio barata meio escorpião e disse:
"cortem a língua para que ela saia
e coloquem-na no centro de novo para que vos pique!"
Todos acataram a sugestão mas eu
que raramente ou nunca me corto nas palavras
decidi serrar levemente a língua e extrair a bicha
com uma pinça. Não me doeu. Ao retirá-la veio a veia
e o freio juntos, fiquei sem fala. Não podia avisar
ninguém das minhas e das suaS intenções.
O fim.
A ilha foi colocada em quarentena.
Notícias do Controlo de Epidemias
circulavam na TV mas algo estava errado ali.
Cor Por pre Mente
Tesão de sofá
sufrágio dada
testado na sombra
deslumbra-te já
Dedo estilhaçado
dadaísta Estio
assado no filho
teológo sado
Testa realista
destapada listagem
realmente imagem
magenta pista
Colo cauterizado
irizado no copo
pouco colado
lírio pisado
Esqueleto energético
etéreo esquema
selado me queima
Ésquilo hermético
Animal sentimental
mina anímica
mente bulímica
anima mas sente mal
Símbolo desorientado
origami tentado
Tadeu simplificado
desova pensado
Mulher tri brilhante
molhei a brisa
trilhei a múltipla
anterior amante
sufrágio dada
testado na sombra
deslumbra-te já
Dedo estilhaçado
dadaísta Estio
assado no filho
teológo sado
Testa realista
destapada listagem
realmente imagem
magenta pista
Colo cauterizado
irizado no copo
pouco colado
lírio pisado
Esqueleto energético
etéreo esquema
selado me queima
Ésquilo hermético
Animal sentimental
mina anímica
mente bulímica
anima mas sente mal
Símbolo desorientado
origami tentado
Tadeu simplificado
desova pensado
Mulher tri brilhante
molhei a brisa
trilhei a múltipla
anterior amante
sábado
trivial pursuit
Caxemira encaixa a Ira
minha cortada euforia
Diâmetro parâmetro
o dia perde o âmago
Capricórnio o corno de fórmio
do capricho antónimo
Ciência pertença sinética
da potência métrica
Folha desflora a fagulha
aplana o decano da hulha
Religião do rego Paião
relega a rasta de Sansão
Lunar a luva do uivar
o lobo ruivo lombar
Natural o nato da turra
urra o nado na surra
Casamento descasa o momento
no botão cose lento
Chipre no chifre da estirpe
tigre eufrates Etíope
Mona Lisa à tona da Frísia
Lissá átona da Galícia
Lago dos cisnes afago
em chispes Golã trago
Estrela extrema nela
a cela esperma mela
Neto terceiro no tecto
remeto o peito no feto
Dias as horas de Frias
perdias as moras nas rias
Pretória precede a inglória
na proscição prossegue a memória
Indiana do dia da Ana
na indígena estria dama
Pacífico na paz de Sísifo
o Índico Alcatraz tísico
Súbdito do sugo subterfúgio
eu subo no sumo anti-fúngico
Mulher molhada de musgo
mostarda nora de susto
Êxito de hexágono do êxodo
isola a ágono no peso
Festival de fisting em Febo
Safo se fecha no sebo
Verde vergasta de verme
no vértice do CERNE.
minha cortada euforia
Diâmetro parâmetro
o dia perde o âmago
Capricórnio o corno de fórmio
do capricho antónimo
Ciência pertença sinética
da potência métrica
Folha desflora a fagulha
aplana o decano da hulha
Religião do rego Paião
relega a rasta de Sansão
Lunar a luva do uivar
o lobo ruivo lombar
Natural o nato da turra
urra o nado na surra
Casamento descasa o momento
no botão cose lento
Chipre no chifre da estirpe
tigre eufrates Etíope
Mona Lisa à tona da Frísia
Lissá átona da Galícia
Lago dos cisnes afago
em chispes Golã trago
Estrela extrema nela
a cela esperma mela
Neto terceiro no tecto
remeto o peito no feto
Dias as horas de Frias
perdias as moras nas rias
Pretória precede a inglória
na proscição prossegue a memória
Indiana do dia da Ana
na indígena estria dama
Pacífico na paz de Sísifo
o Índico Alcatraz tísico
Súbdito do sugo subterfúgio
eu subo no sumo anti-fúngico
Mulher molhada de musgo
mostarda nora de susto
Êxito de hexágono do êxodo
isola a ágono no peso
Festival de fisting em Febo
Safo se fecha no sebo
Verde vergasta de verme
no vértice do CERNE.
sexta-feira
Para De ter
Retidão vá de reto
que no meu recto quero ão
Curvas de culpas nas brumas
deturpas as vulvas
Banha na bainha arranha
o banho de aranha
Regaço melado com melaço
regas-me o compasso
Ardente a água no alvor
prudente o ar no ardor
Isauras exauridas nos ismos
dos crivos são gemidos
Vida vibrante viperina
a cobra nem é víbora
Destróis os detritos moídos
nas decalagens só móis
Contraste de contar as hastes
tu contrarias as metástases
Construir o constragimento momento
de conspurcar o cuspo do vento
Tu que teimas em testar
o eu, a noz, o testículo, o trepar
Encerras-me a cera da serra
na mesma encerada terra
Liberdade libertina libélula
da verdade lambida de bétula
Clausura a usura de Clausewitz
na penumbra o Klaus de St. Moritz
Cola na gola o Cáucaso
decora o coltre do Pégaso
Mancha no canal da Manchúria
que mente na onda da fúria
Unida no uno da vida
vulto untado na brida
Ar na arpa do arqueiro
do quero a arte do arteiro
Perder a perca do pardo
do Sado permeia o prado
Encher doente o cheiro
do ente lembro o primeiro
Vazio nas vazas do trio
o frio varado num pio
Transladar os lados do trânsito
no transatlântico âmbito
Multa no tampo da mula
muita se purga na culpa
Acamada a cama da aba
que a camada de campa acaba
Revolução volve no revólver
na resoluta volta do móvel
Menstrual o mês monstro
da Troika menchevique degosto
Negro no freio aperto
do nervo feio o preto
Fantasma fora flâ com asma
fantástico Omã do plasma
Jogar o ganho frugal
o fruto apanho no bornal
Companhia no compasso da CIA
a compra de aço mentia
Farta me falte a fartura
na fronha me farpa a frescura.
que no meu recto quero ão
Curvas de culpas nas brumas
deturpas as vulvas
Banha na bainha arranha
o banho de aranha
Regaço melado com melaço
regas-me o compasso
Ardente a água no alvor
prudente o ar no ardor
Isauras exauridas nos ismos
dos crivos são gemidos
Vida vibrante viperina
a cobra nem é víbora
Destróis os detritos moídos
nas decalagens só móis
Contraste de contar as hastes
tu contrarias as metástases
Construir o constragimento momento
de conspurcar o cuspo do vento
Tu que teimas em testar
o eu, a noz, o testículo, o trepar
Encerras-me a cera da serra
na mesma encerada terra
Liberdade libertina libélula
da verdade lambida de bétula
Clausura a usura de Clausewitz
na penumbra o Klaus de St. Moritz
Cola na gola o Cáucaso
decora o coltre do Pégaso
Mancha no canal da Manchúria
que mente na onda da fúria
Unida no uno da vida
vulto untado na brida
Ar na arpa do arqueiro
do quero a arte do arteiro
Perder a perca do pardo
do Sado permeia o prado
Encher doente o cheiro
do ente lembro o primeiro
Vazio nas vazas do trio
o frio varado num pio
Transladar os lados do trânsito
no transatlântico âmbito
Multa no tampo da mula
muita se purga na culpa
Acamada a cama da aba
que a camada de campa acaba
Revolução volve no revólver
na resoluta volta do móvel
Menstrual o mês monstro
da Troika menchevique degosto
Negro no freio aperto
do nervo feio o preto
Fantasma fora flâ com asma
fantástico Omã do plasma
Jogar o ganho frugal
o fruto apanho no bornal
Companhia no compasso da CIA
a compra de aço mentia
Farta me falte a fartura
na fronha me farpa a frescura.
Para te alma
Palavra para-lama pára
e lavra na lama
Gosto que resta no rosto
dá um golo no mosto
Resto no refrão do posto
rescaldo reposto
Passagem de passaderia do paço
das passas do maço
Agora no Agosto, eu ajo
que devora o trajo
Olhar o ócio de ópio
com olhos no tópico
Tempo testado no tampo
da tela tem tento
Boca louca mouca
à coca com touca
Comum de como de lona
com comer de cona
Fumo a fome da fama
no fundo da fauna
Espaço de espartilho
do estilhaço espandido
Sentidos, sem ti, idos
de cem sombras servidos
Cadeira de canela madeira
cavada na eira
Azul o azar dá aso
às ondas do mar azulado
Corpo curvado cremado
do campo encorpado
Clitóris na Lua de Clio
clivado no Hórus do cio
Movimento em malvas
maceradas na malga das algas
Marca de Karma na maca
a Arca no mar era parca
Gesto de gelo no cesto
te cedo, o incesto
Imagem imatura imaculada
no íman da margem imaginada
Título de Tito Lívio
do livro mais atípico
Cor me sabes décor
corpo cromado no odor
Cheiro o Che guerreiro
do excerto certeiro
Pêlo poroso pelo
menos penado penoso
Cinza simpática cinzenta
zarpada na Simba de manta
Perto o prego na parede
permeado aperto a rede
Saída à sala com salsa
moída na ala que passa
Escadas são estas que escapam
nas estepes escuras tapam
Sangue Guevara na cera
do siempre sandinista soubera
Mensagem do mesmo incomensurável
demente masmorra amável
Clavícula clemência de clamor
na clave das portas de Sol
Prazer que pasta na pradaria
praga de erva daninha
Cigarro mais simples que siga
na mirra do reis da Síria
Sonho que sopra na fronha
eu ponho na sonda que sonha
Mão de marmelda de mães
com mel barrado de pães
Dentro do dente coentro
no dado eu entro demente
Espera a esperança esfíncter
do espirro da Esfinge
Horas demoradas na hortas
plantadas à nora das tortas
Língua no limbo da gula
saliva na glote de Lura
Aberta na aba da flor
fluoresce a abelha do amor
Espasmo na espera do pasmo
espanta a esfera do orgasmo
Filtro de folha mais fino
fuma o fogo do trigo
Caverna caveira a cova
no óvulo cava a sova
Memória da mesma história
memorando meto-me imprópria
e lavra na lama
Gosto que resta no rosto
dá um golo no mosto
Resto no refrão do posto
rescaldo reposto
Passagem de passaderia do paço
das passas do maço
Agora no Agosto, eu ajo
que devora o trajo
Olhar o ócio de ópio
com olhos no tópico
Tempo testado no tampo
da tela tem tento
Boca louca mouca
à coca com touca
Comum de como de lona
com comer de cona
Fumo a fome da fama
no fundo da fauna
Espaço de espartilho
do estilhaço espandido
Sentidos, sem ti, idos
de cem sombras servidos
Cadeira de canela madeira
cavada na eira
Azul o azar dá aso
às ondas do mar azulado
Corpo curvado cremado
do campo encorpado
Clitóris na Lua de Clio
clivado no Hórus do cio
Movimento em malvas
maceradas na malga das algas
Marca de Karma na maca
a Arca no mar era parca
Gesto de gelo no cesto
te cedo, o incesto
Imagem imatura imaculada
no íman da margem imaginada
Título de Tito Lívio
do livro mais atípico
Cor me sabes décor
corpo cromado no odor
Cheiro o Che guerreiro
do excerto certeiro
Pêlo poroso pelo
menos penado penoso
Cinza simpática cinzenta
zarpada na Simba de manta
Perto o prego na parede
permeado aperto a rede
Saída à sala com salsa
moída na ala que passa
Escadas são estas que escapam
nas estepes escuras tapam
Sangue Guevara na cera
do siempre sandinista soubera
Mensagem do mesmo incomensurável
demente masmorra amável
Clavícula clemência de clamor
na clave das portas de Sol
Prazer que pasta na pradaria
praga de erva daninha
Cigarro mais simples que siga
na mirra do reis da Síria
Sonho que sopra na fronha
eu ponho na sonda que sonha
Mão de marmelda de mães
com mel barrado de pães
Dentro do dente coentro
no dado eu entro demente
Espera a esperança esfíncter
do espirro da Esfinge
Horas demoradas na hortas
plantadas à nora das tortas
Língua no limbo da gula
saliva na glote de Lura
Aberta na aba da flor
fluoresce a abelha do amor
Espasmo na espera do pasmo
espanta a esfera do orgasmo
Filtro de folha mais fino
fuma o fogo do trigo
Caverna caveira a cova
no óvulo cava a sova
Memória da mesma história
memorando meto-me imprópria
terça-feira
diabos
Ó diabo capeta satanás,
belzebu lúcifer demónio
Vai de reto que esta morada está fechada!
Que continuas tu a fazer nos meus sonhos?
consomes-me toda a energia, todos os amuletos
todas as rezas, todas as bençãos e louvoures
já declarei que para o teu lado não me passo
não me mandes nem servos nem lacaios,
nem insectos nem poções de encantar,
nem sonhos nem pesadelos nem mortes,
nem medos nem temores nem penumbras,
nem sussurros nem forças nem perseguições
Na gola por detrás cosi o primeiro amuleto rúnico
Na frente entre os seios escondi o segundo
Ao pescoço usei o terceiro: o coração dourado
que continha as rimas e pronunciando o teu nome
invertido tiveste de te afastar...
Podes entrar na igreja e encobrir-te
e incorporar-te e seguir-me
Mas à noite nos encontramos para o combate
no mundo de Hipnos, Thanatos e dos mil Onírios
e tu não me vencerás!
belzebu lúcifer demónio
Vai de reto que esta morada está fechada!
Que continuas tu a fazer nos meus sonhos?
consomes-me toda a energia, todos os amuletos
todas as rezas, todas as bençãos e louvoures
já declarei que para o teu lado não me passo
não me mandes nem servos nem lacaios,
nem insectos nem poções de encantar,
nem sonhos nem pesadelos nem mortes,
nem medos nem temores nem penumbras,
nem sussurros nem forças nem perseguições
Na gola por detrás cosi o primeiro amuleto rúnico
Na frente entre os seios escondi o segundo
Ao pescoço usei o terceiro: o coração dourado
que continha as rimas e pronunciando o teu nome
invertido tiveste de te afastar...
Podes entrar na igreja e encobrir-te
e incorporar-te e seguir-me
Mas à noite nos encontramos para o combate
no mundo de Hipnos, Thanatos e dos mil Onírios
e tu não me vencerás!
sábado
nha korpu sta fitchadu
Vieram caçar-me como uma onça
vieram caçar-me como uma bruxa
vieram caçar-me como uma mulher
o meu sangue escorreu na mata
o meu cabelo ardeu na fogueira
o meu hímen rompeu-se na camisa
penduraram-me na árvore pelos pés
para dar o exemplo às presas
padeci como Prima Notte
e encarnei-as todas soltando-me
e levantei-me coberta de lama
e recolhi as setas envenenadas
lavei o corpo com água de sálvia
cosi a pele com crina de cavalo
das minhas ancas nasceram diamantes
não há máscaras brancas de penas
não há salamandras de cal e lama
não há peixes-gato de seis patas
não há alma que me venha insinuar
...
porque este corpo já está fechado!
vieram caçar-me como uma bruxa
vieram caçar-me como uma mulher
o meu sangue escorreu na mata
o meu cabelo ardeu na fogueira
o meu hímen rompeu-se na camisa
penduraram-me na árvore pelos pés
para dar o exemplo às presas
padeci como Prima Notte
e encarnei-as todas soltando-me
e levantei-me coberta de lama
e recolhi as setas envenenadas
lavei o corpo com água de sálvia
cosi a pele com crina de cavalo
das minhas ancas nasceram diamantes
não há máscaras brancas de penas
não há salamandras de cal e lama
não há peixes-gato de seis patas
não há alma que me venha insinuar
...
porque este corpo já está fechado!
walk your line
When the sun rises
on the House of Eight
And the moon is squared
You have got yourself a borderline:
You are the centre of your own universe
And your body is your laboratory and empire
Make it good, visible and useful
Crossover, cross all lines, people
Justify your love, your actions
Be rational, steadily successful
Be aware you will need to suffer
and you will need a near death experience
or a deliberate self-mutilation moment
But you will be good, gentle, passionate
Your goal is to live fast and good
Sometimes you wish to devour everything,
those are the days of hegemonic thinking
Expose yourself if you need to test another
Be a low profile if you can avoid
your temperamental constitution
This is your charm and divine protection
Search deeper knowledges and analyse yourself
Keep control of everything, information is vital
Do not search revenge but feel free
To make an outstanding performance if needed
You have the production, direction, script and leading role,
make your life a worthy movie or stay quiet in your suburban
existence with all the shit of normality passing by your door.
on the House of Eight
And the moon is squared
You have got yourself a borderline:
You are the centre of your own universe
And your body is your laboratory and empire
Make it good, visible and useful
Crossover, cross all lines, people
Justify your love, your actions
Be rational, steadily successful
Be aware you will need to suffer
and you will need a near death experience
or a deliberate self-mutilation moment
But you will be good, gentle, passionate
Your goal is to live fast and good
Sometimes you wish to devour everything,
those are the days of hegemonic thinking
Expose yourself if you need to test another
Be a low profile if you can avoid
your temperamental constitution
This is your charm and divine protection
Search deeper knowledges and analyse yourself
Keep control of everything, information is vital
Do not search revenge but feel free
To make an outstanding performance if needed
You have the production, direction, script and leading role,
make your life a worthy movie or stay quiet in your suburban
existence with all the shit of normality passing by your door.
quarta-feira
preto, branco, vermelho
Pensais que meu coração foi talhado
no mármore do Tártaro
mas estais redondamente enganado
Que essa língua de vinagre e fel
Ó bellator bárbaro
não prova do meu leite e mel
Sonegais cuspindo neste chão
a mais dura guerra
sem conheceres outra legião
E batalhais pela anciã moral
com escudos de madeira
mas atenta que a guerra final
É travada à mesa de tabuleiro
com olhares de ferro
e o desfecho certeiro
pertence ao jogador da arte
que dispensa o reino
só pretende jogar: shāh māt!
no mármore do Tártaro
mas estais redondamente enganado
Que essa língua de vinagre e fel
Ó bellator bárbaro
não prova do meu leite e mel
Sonegais cuspindo neste chão
a mais dura guerra
sem conheceres outra legião
E batalhais pela anciã moral
com escudos de madeira
mas atenta que a guerra final
É travada à mesa de tabuleiro
com olhares de ferro
e o desfecho certeiro
pertence ao jogador da arte
que dispensa o reino
só pretende jogar: shāh māt!
terça-feira
em cada letra
na esfera de tinta
em cada letra
se imprimem cem mil compósitos que
em cada letra
são pontos em movimento que
em cada letra
se inscrevem com quem escreve
em cada letra
no papel
como a vida
efémero
linhas tecidas à mão
cozidas no forno de pão
caseiras, sumidas
com fermento e pólvora
se explodem,
picantes,
na sinestésica visão
do leitor deliciado
quero imprimir-te os anos
e cem mil poemas na pele
desses olhos tatuados a preto
tintos, meu vinho, minha vida,
beber-te a delicadeza
suave suor
teus beijos de odor
menor meu cheiro, gustavo,
maior teu ser amado,
cercado
caneta-me de tinta permanente
palavra sentida, expressa,
meu café, meu cigarro, meu vício,
detonado
teus seios de amor
filia-me
nas arestas de dor
erotiza-me
cajado de carne
guia-me
no teu interior
sodomiza-me
o ego, a líbido, o córtex
mata-me, impede-me, suga-me
sorvete servido, sorvido
congelado, mantido
mantenho-me
rendido
venero a tua veia,
tua ceia,
vampiriza-me
crucifica o caracter
no teu ídolo majéstico
reinado de terror
governa-me
sanitário ditador
interna-me
na tua camisa de forças
aperta-me
com teu choque eléctrico
manipula
estes cordéis
tua oferenda, esta marioneta,
incerta
sensor infravermelho
carrega
a bateria, fraca,
deste aparelho viciado
mentor angélico
deste cigano diabo
arquétipo maior, aristotélico,
sem género
carnívoro predador
radicaliza-me
no teu oxigénio
em cada letra
do teu gene magnético
em cada letra
se imprimem cem mil compósitos que
em cada letra
são pontos em movimento que
em cada letra
se inscrevem com quem escreve
em cada letra
no papel
como a vida
efémero
linhas tecidas à mão
cozidas no forno de pão
caseiras, sumidas
com fermento e pólvora
se explodem,
picantes,
na sinestésica visão
do leitor deliciado
quero imprimir-te os anos
e cem mil poemas na pele
desses olhos tatuados a preto
tintos, meu vinho, minha vida,
beber-te a delicadeza
suave suor
teus beijos de odor
menor meu cheiro, gustavo,
maior teu ser amado,
cercado
caneta-me de tinta permanente
palavra sentida, expressa,
meu café, meu cigarro, meu vício,
detonado
teus seios de amor
filia-me
nas arestas de dor
erotiza-me
cajado de carne
guia-me
no teu interior
sodomiza-me
o ego, a líbido, o córtex
mata-me, impede-me, suga-me
sorvete servido, sorvido
congelado, mantido
mantenho-me
rendido
venero a tua veia,
tua ceia,
vampiriza-me
crucifica o caracter
no teu ídolo majéstico
reinado de terror
governa-me
sanitário ditador
interna-me
na tua camisa de forças
aperta-me
com teu choque eléctrico
manipula
estes cordéis
tua oferenda, esta marioneta,
incerta
sensor infravermelho
carrega
a bateria, fraca,
deste aparelho viciado
mentor angélico
deste cigano diabo
arquétipo maior, aristotélico,
sem género
carnívoro predador
radicaliza-me
no teu oxigénio
em cada letra
do teu gene magnético
quinta-feira
FALO em letras capitais
Tanta vida para trabalhar
Tanto trabalho para viver...
Gosto pouco de ser proletarizada
Ter o capital para me foder
Essa criação mais católica que protestante
Veio providenciar a liberdade individual
Em troca da consagração do pecado de gozar
Aí os corpos orgásmicos não têm existência possível porque não prestam para explorar...
E andam aí a dizer "trabalhadoras do sexo uni-vos"?
Cá eu digo sexólogos do trabalho despi-vos!
venham à rua mostrar-nos
a lei universal do trocadilho:
«se podes fazê-lo, FALO!»
Tanto trabalho para viver...
Gosto pouco de ser proletarizada
Ter o capital para me foder
Essa criação mais católica que protestante
Veio providenciar a liberdade individual
Em troca da consagração do pecado de gozar
Aí os corpos orgásmicos não têm existência possível porque não prestam para explorar...
E andam aí a dizer "trabalhadoras do sexo uni-vos"?
Cá eu digo sexólogos do trabalho despi-vos!
venham à rua mostrar-nos
a lei universal do trocadilho:
«se podes fazê-lo, FALO!»
terça-feira
My creations recreate me
why do I need the dope
if I already got myself?
why do I need people
if I have my creations?
why do I need life
if I could rest eternally?
why do I keep perfoming
these maniac acts?
why do I melt inside
these subversive tactics?
why ain't I common
but a fucking bordeline?
I start thinking this is a spider's pattern
or am I the sucked fly?
If I think I am able to satellize and anexate everything
something must have rotten inside me
and my monstrous creations started to recreate me
if I already got myself?
why do I need people
if I have my creations?
why do I need life
if I could rest eternally?
why do I keep perfoming
these maniac acts?
why do I melt inside
these subversive tactics?
why ain't I common
but a fucking bordeline?
I start thinking this is a spider's pattern
or am I the sucked fly?
If I think I am able to satellize and anexate everything
something must have rotten inside me
and my monstrous creations started to recreate me
sexta-feira
My life is my domain
In the Harbour of Fornication
My kamikazes lay
Leaving a trace of destruction
Got license to play
As in the province of devotion
My farmers say
“She is Madame Coercion
Of the cabaret Fay”
If you’re willing of desertion
In my land you may
Sail me as the big ocean
But you have to pay
I’m the screw driver in motion
Mine is the ego highway
My kamikazes lay
Leaving a trace of destruction
Got license to play
As in the province of devotion
My farmers say
“She is Madame Coercion
Of the cabaret Fay”
If you’re willing of desertion
In my land you may
Sail me as the big ocean
But you have to pay
I’m the screw driver in motion
Mine is the ego highway
quarta-feira
do medo nasce a fé, do poder a morte
Quando chegamos àquele momento
de olharmos com a pele de dentro
o palco que nos sustenta
da alma alheia que nos alimenta
Somos os actores secundários
de decrépitos cenários
Nesta terra ateia
e do podre que nos rodeia
onde todos são moralistas e se perdeu toda a ética
A única metanarrativa
é que nem sempre a verdade é a mais correcta
e nem sempre o silêncio é o menos cruel
sabemos então
que só procuramos a merdosa rendenção,
da mútua diarreia emocional
e de que sozinhos mal
sabemos mijar.
Porque sentimos aquela humana fossa
de querer sempre mais
que em sua versão urbana
é uma mera VONTADE DE FODER...
Existencialistas, socialistas ou comunitaristas
todos se derretem no mesmo molde
e se afogam na coragem líquida
de escolher entre o herói e o vilão.
Mas os piromaníacos mergulhamos sem escrúpulos
no escafandro dos anti-heróis
Mas e porque aceitamos a fossa humana
sabemos que ela é unicamente MEDO, em todas as suas formas:
O medo singular, puro e nu que nos tolda e previne;
O medo plural, do outro, sob o qual agimos e consquistamos;
O medo paradoxal que é o do próprio medo,tão cinético quanto estático
e que se converte frequentemente ao
medo potencial, o que se transfere a uma entidade ou circula na medida de infinito
e é regularmente intitualado FÉ.
A fossa de ser-se humano gerada a partir das artes, símbolos e ofícios
nos fez ao mesmo tempo alimentar o medo e reconhecê-lo
e aí se deu o momento de parir a consciência de ser
e a daí resulta a uma mera VONTADE DE PODER,
que é pouco mais do que a ânsia
dum estado inalcançável de superação do medo
e que só poderia ser formulado na insconsciência ou não-ser,
a morte.
de olharmos com a pele de dentro
o palco que nos sustenta
da alma alheia que nos alimenta
Somos os actores secundários
de decrépitos cenários
Nesta terra ateia
e do podre que nos rodeia
onde todos são moralistas e se perdeu toda a ética
A única metanarrativa
é que nem sempre a verdade é a mais correcta
e nem sempre o silêncio é o menos cruel
sabemos então
que só procuramos a merdosa rendenção,
da mútua diarreia emocional
e de que sozinhos mal
sabemos mijar.
Porque sentimos aquela humana fossa
de querer sempre mais
que em sua versão urbana
é uma mera VONTADE DE FODER...
Existencialistas, socialistas ou comunitaristas
todos se derretem no mesmo molde
e se afogam na coragem líquida
de escolher entre o herói e o vilão.
Mas os piromaníacos mergulhamos sem escrúpulos
no escafandro dos anti-heróis
Mas e porque aceitamos a fossa humana
sabemos que ela é unicamente MEDO, em todas as suas formas:
O medo singular, puro e nu que nos tolda e previne;
O medo plural, do outro, sob o qual agimos e consquistamos;
O medo paradoxal que é o do próprio medo,tão cinético quanto estático
e que se converte frequentemente ao
medo potencial, o que se transfere a uma entidade ou circula na medida de infinito
e é regularmente intitualado FÉ.
A fossa de ser-se humano gerada a partir das artes, símbolos e ofícios
nos fez ao mesmo tempo alimentar o medo e reconhecê-lo
e aí se deu o momento de parir a consciência de ser
e a daí resulta a uma mera VONTADE DE PODER,
que é pouco mais do que a ânsia
dum estado inalcançável de superação do medo
e que só poderia ser formulado na insconsciência ou não-ser,
a morte.
soudotor
Doutor faça-me um favor,
não me chame menina...
É que passo a vida
comendo paradoxos e dá-me azia.
Doutor faça-me um favor
não diga minha senhora...
É que essa é cheia de graça
e eu vendo a vazia na praça
Doutor faça-me um favor,
não chame as autoridades...
É que eu sou medicada
E loucura é sua coutada.
Bem, eu passo a explicar:
Neste domínio hiper_sin ético
Você soa-me tão herm(es)ético
Que não me diz nada de pó ético
Com esse linguajar ortopé_édico
Do ambiente bioma_édico
Parece-me mais um épico
Para resolver o seu Édipo
Que eu gosto de mim hipo_man_íaca
Dói-me menos a crista ilíaca
Não sei se há prova empty_írica
Mas é uma vida menos Ilíada
Porquê rejeitar um neur_ótico?
O problema é o seu nervo ó[p]tico
Porque na pouso logia do narc(iso)ótico
Olhe, não topo nada pan óptico
Que no meu rádio estere(ó)nico
Eu só ouço disco mnem_ónico
e passo tarde a gint_ónico,
Ó doutor, está cata tónico?!
não me chame menina...
É que passo a vida
comendo paradoxos e dá-me azia.
Doutor faça-me um favor
não diga minha senhora...
É que essa é cheia de graça
e eu vendo a vazia na praça
Doutor faça-me um favor,
não chame as autoridades...
É que eu sou medicada
E loucura é sua coutada.
Bem, eu passo a explicar:
Neste domínio hiper_sin ético
Você soa-me tão herm(es)ético
Que não me diz nada de pó ético
Com esse linguajar ortopé_édico
Do ambiente bioma_édico
Parece-me mais um épico
Para resolver o seu Édipo
Que eu gosto de mim hipo_man_íaca
Dói-me menos a crista ilíaca
Não sei se há prova empty_írica
Mas é uma vida menos Ilíada
Porquê rejeitar um neur_ótico?
O problema é o seu nervo ó[p]tico
Porque na pouso logia do narc(iso)ótico
Olhe, não topo nada pan óptico
Que no meu rádio estere(ó)nico
Eu só ouço disco mnem_ónico
e passo tarde a gint_ónico,
Ó doutor, está cata tónico?!
Maria do Socorro
A menina dos olhos pretos
feitos de carvão
nomeada Maria como a virgem
tem na alma fêmea a liberdade
quando passa bem desfila
quando fuma é esguia
quando se dedica
não se perde nem suplica
inspira os anjos e os santos
e o público aplaude
roda filmes como as saias
ama a todos como ao senhor
dá-lhes o corpo merecido
a lição de sabido
e recebe das luzes
o espírito candente
ao passar ela suja
e imacula todo o sujo
não perdoa nem corrige
manda aprender
dela é o chão
se o pede
na cama se deita
mas não dorme
na boca não beija
mas enconsta
a sua etílica respiração
etérea e sua é Maria do Socorro.
feitos de carvão
nomeada Maria como a virgem
tem na alma fêmea a liberdade
quando passa bem desfila
quando fuma é esguia
quando se dedica
não se perde nem suplica
inspira os anjos e os santos
e o público aplaude
roda filmes como as saias
ama a todos como ao senhor
dá-lhes o corpo merecido
a lição de sabido
e recebe das luzes
o espírito candente
ao passar ela suja
e imacula todo o sujo
não perdoa nem corrige
manda aprender
dela é o chão
se o pede
na cama se deita
mas não dorme
na boca não beija
mas enconsta
a sua etílica respiração
etérea e sua é Maria do Socorro.
terça-feira
Tartes bem passadas ao sol
Regue 50 quilos de farinha de mandioca com gin tónico.
Não use Gordon's mas sim Bombai.
Tire o gelo, carregue no gin e chupe o limão.
Bata com ovos estrelados.
Vá fazendo conversa com os amigos.
Adicione:
100gr de pseudocarbonato
200gr de natas desnatadas
50gr de adoçante sintético
1dl de leite sem lactose
50gr de manteiga sem colesterol
Coloque a massa em recipiente acrílico mas bata com colher de pau.
Deixe repousar na erva.
Não use aditivos de Angola nem fluídos animais.
Enrole vigorosamente a piada como uma torta e não deixe cair o corpo.
Cozinhe em fornadas a 35º.
Retire enfeitando com paus de neocanela.
Sirva às fatias em protos quadrados.
Decore com pó integral (80% de pele humana).
E está pronto! Dê-se ao disfrute e coma mais quem tiver as mamas maiores.
Não use Gordon's mas sim Bombai.
Tire o gelo, carregue no gin e chupe o limão.
Bata com ovos estrelados.
Vá fazendo conversa com os amigos.
Adicione:
100gr de pseudocarbonato
200gr de natas desnatadas
50gr de adoçante sintético
1dl de leite sem lactose
50gr de manteiga sem colesterol
Coloque a massa em recipiente acrílico mas bata com colher de pau.
Deixe repousar na erva.
Não use aditivos de Angola nem fluídos animais.
Enrole vigorosamente a piada como uma torta e não deixe cair o corpo.
Cozinhe em fornadas a 35º.
Retire enfeitando com paus de neocanela.
Sirva às fatias em protos quadrados.
Decore com pó integral (80% de pele humana).
E está pronto! Dê-se ao disfrute e coma mais quem tiver as mamas maiores.
sexta-feira
a ponta da natureza na boca do corpo aponta a caneta à boca do povo
[raios partam o gama] ó filho!
não há bela sem senão
não há dama sem gamão
não há anos sem festa
não há anus sem festão
não há tuga sem bigode
não há samba sem pagode
não há música sem canção
e não há ponto G. isso é tudo ficção!
não há vida minha sem novela
nem série sem argumento
nem escrita sem moral:
olhe nunca vá comer um daqueles que tem o olho esquerdo mais pequeno que o direito, nem a pila inclinada para esse lado! que não sou contra o torto mas é melhor ir a direito... se me vai conhecer profundamente veja bem que sou superficial e que falarei da vida como uma pessoa comum ... vulgar.
veja lá se passa a palavra! olha olha que já ela vai ali à frente.
e se achar que por comer o mesmo que eu fica assim, descanse que só passando a comida pelo corpo e você depois não se lava porque também não é porco.
ande aguente esta tragi-comédia como quando fode uma horrorosa ... uma vez dentro, relaxa e goza. mas não goze comigo que fico sentida, sabe que sou assim contida. e sabe que gosto de ir lá meter o dedo na situação para ver se a desloco, raios partam a conceição! põe-se a dourar a pílula. acho que deixou agarrar... já volto!
[29 de maio: a irmã lucia queria-me dizer algo, esqueci-me totalmente!]
não há bela sem senão
não há dama sem gamão
não há anos sem festa
não há anus sem festão
não há tuga sem bigode
não há samba sem pagode
não há música sem canção
e não há ponto G. isso é tudo ficção!
não há vida minha sem novela
nem série sem argumento
nem escrita sem moral:
olhe nunca vá comer um daqueles que tem o olho esquerdo mais pequeno que o direito, nem a pila inclinada para esse lado! que não sou contra o torto mas é melhor ir a direito... se me vai conhecer profundamente veja bem que sou superficial e que falarei da vida como uma pessoa comum ... vulgar.
veja lá se passa a palavra! olha olha que já ela vai ali à frente.
e se achar que por comer o mesmo que eu fica assim, descanse que só passando a comida pelo corpo e você depois não se lava porque também não é porco.
ande aguente esta tragi-comédia como quando fode uma horrorosa ... uma vez dentro, relaxa e goza. mas não goze comigo que fico sentida, sabe que sou assim contida. e sabe que gosto de ir lá meter o dedo na situação para ver se a desloco, raios partam a conceição! põe-se a dourar a pílula. acho que deixou agarrar... já volto!
[29 de maio: a irmã lucia queria-me dizer algo, esqueci-me totalmente!]
quarta-feira
amor, temor
temo em dizer lhe amo
se eu nem sei se lhe quero bem
se ao dizer lhe amo
você é que me tem
se ao dizer foi amor
você será meu bem
se ao dizer lhe temo
você diga me tem
se eu nem sei se lhe quero bem
se ao dizer lhe amo
você é que me tem
se ao dizer foi amor
você será meu bem
se ao dizer lhe temo
você diga me tem
labirinto do fausto
Quem me canta melodioso o paradoxo de sereia
Quem me socorre medroso no fumo da teia
Quem me amansa a pele com dores e beijinhos
Quem me enrosca os sentidos e fala mansinho
Inspira-me e expira-me na pele
Intensa e extensa na febre
Consome-me energia
Sem plágio com euforia
Quem me socorre medroso no fumo da teia
Quem me amansa a pele com dores e beijinhos
Quem me enrosca os sentidos e fala mansinho
Inspira-me e expira-me na pele
Intensa e extensa na febre
Consome-me energia
Sem plágio com euforia
terça-feira
no _colo | me _calo
no colo frio da noite
encosto
os pensamentos
e
fecho os olhos para eva.dir
ali.enar
abs.trair
e
fecho os punhos para in.star
ex.pelir
re.trair
e
fecho o coração para in.tuir
es.capar
re.cair
no colo quente da toca
encosto
o cansaço
e
abro os olhos para es.correr
ali.mentar
a.barcar
e
abro os punhos para ina.lar
ex.pirar
re.zar
e
abro o coração para in.dagar
ex.piar
res.ponder
no colo mármore do temor
encosto
o espírito
e
entrego os olhos para me.cegar
mes.quecer
mecho.rar
e
entrego os punhos para mema.nietar
mea.paziguar
mevi.timar
e entrego o coração para me.sangrar
mi.macular
meven.der
no colo áspero da sombra
encosto
a alma
e
lhe beijo
os olhos
os punhos
o coração
e
soprando
na sua boca
a minha re-buscada
existência
lhe cedo
de boa vontade
o amor
e ela me toma
me suga
me descarna
me fuma
nela res.ido
no residual colo
nu
da morte
encosto
os pensamentos
e
fecho os olhos para eva.dir
ali.enar
abs.trair
e
fecho os punhos para in.star
ex.pelir
re.trair
e
fecho o coração para in.tuir
es.capar
re.cair
no colo quente da toca
encosto
o cansaço
e
abro os olhos para es.correr
ali.mentar
a.barcar
e
abro os punhos para ina.lar
ex.pirar
re.zar
e
abro o coração para in.dagar
ex.piar
res.ponder
no colo mármore do temor
encosto
o espírito
e
entrego os olhos para me.cegar
mes.quecer
mecho.rar
e
entrego os punhos para mema.nietar
mea.paziguar
mevi.timar
e entrego o coração para me.sangrar
mi.macular
meven.der
no colo áspero da sombra
encosto
a alma
e
lhe beijo
os olhos
os punhos
o coração
e
soprando
na sua boca
a minha re-buscada
existência
lhe cedo
de boa vontade
o amor
e ela me toma
me suga
me descarna
me fuma
nela res.ido
no residual colo
nu
da morte
sexta-feira
dream, dream, dream
All my life I've been dreaming, remembering
Creating another life...
What are the odds?
I dream of other places, times, countries, universes
I dream with music, color, languages, smell, levitation
I dream God, Devil, Buda, Atena and all divinities
I dream mystic, common, historical, alien, prophetic
I created my own imaginary landscape,
I visited lives
I got involved in lives
I saw what I wanted but mostly what I didn’t
...
I guess atoms in perpetual movement
Create infinite dimensions
The atomic here and the atomic there
They lay just here in me and there, everywhere
So, with parts of my brain off and some on
I get a short glance of them
I touch that infinitesimal millimeter of parallel universe
Just here where I’m standing
And I guess my last dream will be of me dying
And I guess it will be easy because I’ll be really dying
Asleep and in both my worlds
…
So, I’ll die twice
...
And reborn twice
Again
Creating another life...
What are the odds?
I dream of other places, times, countries, universes
I dream with music, color, languages, smell, levitation
I dream God, Devil, Buda, Atena and all divinities
I dream mystic, common, historical, alien, prophetic
I created my own imaginary landscape,
I visited lives
I got involved in lives
I saw what I wanted but mostly what I didn’t
...
I guess atoms in perpetual movement
Create infinite dimensions
The atomic here and the atomic there
They lay just here in me and there, everywhere
So, with parts of my brain off and some on
I get a short glance of them
I touch that infinitesimal millimeter of parallel universe
Just here where I’m standing
And I guess my last dream will be of me dying
And I guess it will be easy because I’ll be really dying
Asleep and in both my worlds
…
So, I’ll die twice
...
And reborn twice
Again
Só cio, só bio
Se o Homem fosse um e pensasse o que pensaria ele?
E se o meu pénis lhe falasse o que diria ele?
...
Per-siga a vagina . tenha orgasmos e ejacule
o mais que puder
tenha erecção e orgasmo fácil. Re-produza-se
tanto quanto puder
Nádegas volumosas . mamas leitosas
engula, imponha, ejacule
tudo o que puder
[Lubrifique-se entre a urina e o esperma]
creio no pénis uno, falo e todo-poderoso.
Se a Mulher fosse uma e pensasse, o que pensaria ela?
E se a minha vagina lhe falasse o que diria ela?
...
Pro-siga revestida e lubrificada . rasgue-se e absorva
o mais que puder
seja menos sensível . parto não é orgasmo. Pro-duza-se
tanto quanto puder
Braços volumosos . pénis leitosos
engula, exponha, absorva
tudo o que puder.
[Escorra-se se ofendida, contraia-se se invadida]
creio na vagina una, sem fala e católica.
E se o meu pénis lhe falasse o que diria ele?
...
Per-siga a vagina . tenha orgasmos e ejacule
o mais que puder
tenha erecção e orgasmo fácil. Re-produza-se
tanto quanto puder
Nádegas volumosas . mamas leitosas
engula, imponha, ejacule
tudo o que puder
[Lubrifique-se entre a urina e o esperma]
creio no pénis uno, falo e todo-poderoso.
Se a Mulher fosse uma e pensasse, o que pensaria ela?
E se a minha vagina lhe falasse o que diria ela?
...
Pro-siga revestida e lubrificada . rasgue-se e absorva
o mais que puder
seja menos sensível . parto não é orgasmo. Pro-duza-se
tanto quanto puder
Braços volumosos . pénis leitosos
engula, exponha, absorva
tudo o que puder.
[Escorra-se se ofendida, contraia-se se invadida]
creio na vagina una, sem fala e católica.
quarta-feira
i'm the wife/mother
black hair blue eyes
textil Chicago and Boston
Restaurant of Aquariums
light dress
3 priests, black car, in mountain
one child: "she's wanted somewhere"
textil Chicago and Boston
Restaurant of Aquariums
light dress
3 priests, black car, in mountain
one child: "she's wanted somewhere"
sábado
quinta-feira
quarta-feira
gata branca
gata branca, gata grande
que fala devagar
te lambe e se enrosca
te morde e te arranha
gata branca, gata grande
afogada por longas horas
senti no polegar
lateja pulsação
ela é o meu demónio
meu génio pulsa não
e
naqueles momentos
em que a dor é tão forte que a alma esvai do corpo
e paira na situação
é que os olhos interiores podem observar o que está
lá dentro e sonhar
e
tenho medo da verdade
que fala devagar
te lambe e se enrosca
te morde e te arranha
gata branca, gata grande
afogada por longas horas
senti no polegar
lateja pulsação
ela é o meu demónio
meu génio pulsa não
e
naqueles momentos
em que a dor é tão forte que a alma esvai do corpo
e paira na situação
é que os olhos interiores podem observar o que está
lá dentro e sonhar
e
tenho medo da verdade
sábado
idade de ferro
num dia de fim de tarde
quando o crepúsculo é frio, mais cinzento que azul
e as gentes de outra terra revoltadas se levantam
o fogo, a forca e o tridente saem de mãos dadas
e a loucura das multidões vai instalada
e pegam nos homens e lutam
e pegam nas mulheres e cortam
e pegam nas crianças e jogam
e pegam em tudo e correm
e pegam na terra e cospem
e os animais não nos comem?
ai, mas porque andava eu ali, correndo assustado
porque pairava como uma alma penada olhando aquele horror
eu que não vou à matança, vejo o pobre animal a ser caçado,
os ganchos de metal espetam-se no couro, sai o primeiro sangue,
o grito de dor deixa-me assustado...
o metal em brasa crava-se bem mais fundo para marcar a posse
o grito de odor deixa-me nauseado...
e as facadas de metal entranham-se na carne e ele cai por fim
ai, não, é só um pesadelo
já acordei... é só demasiada imaginação
porque tem a minha mente de se lembrar destas coisas?
não, o javali sou eu!
minha é a idade de ferro
quando o crepúsculo é frio, mais cinzento que azul
e as gentes de outra terra revoltadas se levantam
o fogo, a forca e o tridente saem de mãos dadas
e a loucura das multidões vai instalada
e pegam nos homens e lutam
e pegam nas mulheres e cortam
e pegam nas crianças e jogam
e pegam em tudo e correm
e pegam na terra e cospem
e os animais não nos comem?
ai, mas porque andava eu ali, correndo assustado
porque pairava como uma alma penada olhando aquele horror
eu que não vou à matança, vejo o pobre animal a ser caçado,
os ganchos de metal espetam-se no couro, sai o primeiro sangue,
o grito de dor deixa-me assustado...
o metal em brasa crava-se bem mais fundo para marcar a posse
o grito de odor deixa-me nauseado...
e as facadas de metal entranham-se na carne e ele cai por fim
ai, não, é só um pesadelo
já acordei... é só demasiada imaginação
porque tem a minha mente de se lembrar destas coisas?
não, o javali sou eu!
minha é a idade de ferro
roupas de fazenda
vida de corpo negro
não tem paga não
armadilha me caia
roubo me corte a mão
a lua de testemunha
sua negra paixão
no raiar do sol
vergasta de perdão
senhores de mim
me comem o pão
se o planto mas desganho
minha é a escravidão.
não tem paga não
armadilha me caia
roubo me corte a mão
a lua de testemunha
sua negra paixão
no raiar do sol
vergasta de perdão
senhores de mim
me comem o pão
se o planto mas desganho
minha é a escravidão.
terça-feira
morpheu
haguia sofia prata melancia de hermes o três as leis degraus aracne os dentes floresta perdido e amarrado a porta universo de pianos brancos as escadas o sotão e o papagaio as peles tapete vermelho e o quadro um paquete o feto e o corredor a bruxa a freira e o vampiro na casa de pedra a baleia a água a procissão o buda e a levitação o duende a barata e a neve a história o mulato e a tortura o urso branco o lobo e o lago do imperador o elefante a capela naufragada e o ouro persa
Assinar:
Postagens (Atom)